Segundo Filipe Nyusi, a nova ministra deve resolver as preocupações do combatente e seus descendentes, uma classe de que ela faz parte, através do seu pai que a menos de três anos passou a reserva.
O Presidente da República, Filipe Nyusi, desafiou ontem, em Maputo, a nova ministra dos Combatentes, Josefina Beato Mateus Mpelo, a priorizar a revitalização do fundo da paz e reconstrução nacional, para que seja sustentável e gerido com transparência com vista a melhor reinserção social e produtiva dos combatentes.
Filipe Nyusi que falava quando conferia posse a nova ministra, explicou que esta revitalização pode ser feita através da implementação de projectos produtivos e de geração de renda, com sustentabilidade financeira onde toda a sociedade deve ser convocada a ser parceira.
O Chefe do Estado disse que todo o financiamento que se revelar exequível, que seja complementado com a formação e assistência técnica aos beneficiários para a gestão de projectos. “Um exemplo claro de um modelo organizacional consiste no associativismo dos combatentes, para alavancar a sua capacidade de negociação com os seus parceiros na defesa dos seus interesses”, aconselhou o Presidente da República.
O Estadista acrescentou que alem de projectos de natureza comercial, o Ministério dos Combatentes deverá conjugar esforços para a implementação de projectos de natureza social, muito particularmente a construção de habitação e outras infraestruturas para os combatentes.
Disse ainda ser urgente encerrar de forma definitiva o crónico problema de pagamento das pensões dos combatentes, pois, “o crónico problema de fixação de pensões está concluído faltando apenas os pagamentos”, acrescentou.
A atribuição dos cartões a todos os combatentes e acabar com os pendentes prevalecentes é outra missão da nova ministra. “Urge desmascarar os combatentes fantasmas e as respectivas redes que os facilitam”, disse o Presidente.
Filipe Nyusi recomendou a ministra, a criar um sistema eficiente de pagamento de pensões, para garantir que os beneficiários usufruam dos seus direitos em tempo oportuno e de forma transparente, tirando partido da rede de retalho, das bancas comercial e móvel.
Explicou que este processo, exige a atualização permanente e requer a informatização de banco de dados do universo dos combatentes, com toda precisão e muito especificamente a localização geográfica actual.
Esta, é a primeira vez que uma mulher e simultaneamente do sexo feminino dirige o Ministério dos Combatentes, dando corpo a prioridade que o Governo atribui a estes dois grupos populacionais.
Para a nomeação de Josefina Mpelo, concorreram vários factores com destaque para a sua verticalidade, competência e experiência profissional, segundo explicou o Presidente da República. “Por outro lado, o nosso compromisso é dar oportunidade a juventude e a mulher, num país cuja maioria da população é jovem”, acrescentou, o estadista, sublinhando que se pretende com este acto, permitir uma transição geracional segura através da qual os quadros com mais idade, por isso mais experientes, transmitam o seu saber e bravura à nova geração.