O que o próprio Venâncio Mondlane previa e tentou evitar aconteceu. O Conselho Nacional da Renamo, realizado este final de semana, em Maputo, aprovou o perfil do candidato à presidência desta formação política, que exclui completamente Mondlane, que ambicionava o cargo, como rampa para concorrer à ponta vermelha, nas eleições gerais de Outubro deste ano.
Nesse encontro foram aprovados diversos critérios para a candidatura à presidência do partido, incluindo a necessidade de ter sido militante por pelo menos 15 anos consecutivos; ter exercido alguns cargos do partido num período de cinco anos (como secretário-geral; chefe do departamento nacional; delegado provincial; ter exercido no mínimo cinco anos de política ativa; ter sido membro do Conselho Nacional; bom comportamento; entre outros requisitos elencados.
O outro ponto importante do perfil é que o candidato deve conhecer os estatutos do partido, na letra e no espírito.
Venâncio Mondlane nunca fez parte do Conselho Nacional da Renamo, mas já participou das reuniões como convidado, logo, não reúne condições para o efeito, mas também o político foi descrito durante o último encontro do órgão como indisciplinado.
A VI sessão do Conselho Nacional, marcou os dias 15 e 16 de maio para a realização do Congresso Nacional, que terá lugar na província da Zambézia, o mesmo que vai eleger o candidato às eleições gerais de Outubro.
Os outros membros que já manifestaram publicamente o interesse de concorrer à liderança da Renamo, como Elias Dhlakama e Juliano Picardo, reúnem condições para o efeito.
Entretanto, para evitar o pior, Venâncio Mondlane havia submetido na última sexta-feira, uma providência cautelar no Tribunal Judicial da Cidade de Maputo, contra a proposta do perfil que já foi aprovado pelo Conselho Nacional.