Start-up alemã tem já em curso de criopreservação em dez corpos, havendo centenas de pessoas em lista de espera.
É uma ação eticamente discutível, mas indubitavelmente ousada e, caso seja bem sucedida, um marco da ciência. Um centro de criopreservação na Alemanha tem uma lista de espera de centenas. O motivo do sucesso tem que ver com o seu projeto de, através de criopreservação, tentar reverter a morte. Sim, a morte.
Para tal, já começou a trabalhar na preservação de dez corpos humanos, os quais têm células armazenadas em laboratório.
De acordo com a Popular Mechanics, o plano de Emil Kendziorra, cofundador da start up Tomorrow Biostasis, passa por, assim que alguém morre, avançar para a preservação do seu corpo e/ou cérebro num estado de estase, ou seja, de estagnação ou imobilidade dos vasos capilares.
Posteriormente, quando os passos seguintes se materializarem, a empresa vai tentar reverter a causa da morte da pessoa, trazendo-a de volta à vida.
Segundo o responsável pela Tomorrow Biostasis, para além dos dez corpos que estão já a ser criopreservados, há ainda centenas em lista de espera.
Surpreendentemente, a ideia média dos indivíduos que procuram este serviço são 36 anos, com muitos a trabalharem na área da tecnologia.
A maioria quer o seu cérebro preservado, não para voltar à vida nos seus próprios corpos, mas, por exemplo, para que os seus eu’s do futuro possam ser inseridos em corpos impressos em 3D. Ou sem recurso a corpo de todo.
Evidentemente, esperar que o avanço médico atinja o ponto de poder inverter o que causou a morte não constitui o único obstáculo em todo o processo de criopreservação. Há ainda o (grande) pormenor de ninguém saber como se reanima um humano morto mas criopreservado.
Congelar o cérebro e preservar células e tecidos pode ser um passo óbvio, mas até que isso signifique trazer de volta à vida um cérebro já morto com funções e memórias regulares não parece ser algo deste mundo — pelo menos para já.
Fonte: ZAP