Milhares de pessoas de diversos extractos sociais e de diferentes idades marcaram presença hoje no Paços do Conselho Municipal da Cidade de Maputo para prestarem a última homenagem a Azagaia, rapper e activista social que perdeu a vida na última quinta-feira, vítima de ataque epilético na sua residência, no bairro Khongolote, província de Maputo.
Mais que lágrimas, o momento foi marcado por cânticos em celebração à obra do jovem artista que morreu aos 38 anos de idade. Mensagens em homenagem ao artista vieram de todos os lados e de diferentes extratos sociais.
Antes de chegar a sua última morada, a urna contendo os restos mortais de Azagaia percorreu algumas artérias da capital-Maputo, após velório, com presença de milhares de pessoas, entre familiares, amigos, colegas, simpatizantes e diversas personalidades. O Governo esteve representado pela ministra da Cultura e Turismo, Edelvina Materula.
A marcha fúnebre com destino ao Cemitério de Michafutene, obedeceu à seguinte rota: Avenida Samora Machel, em direcção à Praça Robert Mugabe; seguiu-se depois para a Avenida Juluius Nyere para dar à Avenida Eduardo Mondlane, mas não foi possível, pois a polícia impediu esta rota. O cortejo fúnebre percorru toda a avenida Eduardo Mondlane, desviando para Avenida 24 de Julho. Seguiu à Praça 16 de Junho até pouco depois do Hospital Geral José Macamo, contornando pela Avenida de Moçambique até ao Cemitério de Michafutene.
Entretanto, um contingente policial cercou a Praça Robert Mugabe, na baixa da Cidade de Maputo para impedir que o cortejo fúnebre de Azagaia passasse pela Presidência da República, tal como defendiam alguns populares. Para a polícia, a via significa alteração da rota inicialmente comunicada.
Foram necessárias negociações que envolveram a viúva para que o impasse fosse ultrapassado. A polícia justificava que a rota que se pretendia usar não estava prevista.
14 hora era o tempo prevista para o enterro dos restos mortais do artista, mas só aconteceu depois das 15 horas.