Ministro da Defesa pede apoio ao trabalho da Força Local em Cabo Delgado

O ministro da Defesa moçambicano, Cristóvão Chume, pediu esta quarta-feira (09.02) união em torno das designadas “forças locais” lideradas por ex-combatentes que pegaram em armas para defender comunidades de ataques insurgentes que há quatro anos atingem Cabo Delgado.

“Em vez de nos centrarmos naquilo que nos divide, devíamos nos centrar e dar um apoio, até moral, ao trabalho que estão a desenvolver para o bem das comunidades”, referiu, em resposta a jornalistas, quando questionado sobre a legalidade do porte de armas por aquelas forças.

“Aqueles que acham que há problemas jurídicos, que apoiem o Governo e as instituições nas melhores soluções” em termos legais, “no lugar de andarmos às críticas sobre o que está a acontecer”, referiu.

Em vários momentos da insurgência armada, desde 2017, em Cabo Delgado, houve ataques repelidos por grupos de antigos combatentes da luta pela independência que chegaram a perseguir e abater algumas células rebeldes.

Na última semana, o Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, distinguiu várias individualidades durante as festividades do 0 3 de fevereiro, dia dos Heróis Moçambicanos, com destaque para 230 membros das forças locais.

Para o ministro, a defesa proporcionada por estes grupos voluntários é prioritária, acima de questões legais. “Eu olho sobretudo à importância do trabalho que estão a desenvolver, às vidas que estão a salvar, às comunidades que protegem”, disse.

“Não acho que não sejam importantes as questões legais, mas podemos num momento posterior discutir como as abordar”, sublinhou, reiterando que os dias têm decorrido “entre a vida e a morte” para várias comunidades.