O Sindicato Nacional de Jornalistas (SNJ) também emitiu uma mensagem de condolências pela morte de João Chamusse, explicando que “foi encontrado morto, com sinais de agressão, no quintal da sua residência, no distrito municipal da KaTembe.
O MISA Moçambique condena, nos termos mais veementes, o assassinato do jornalista João Chamusse, ocorrido hoje, nas proximidades da sua residência, no distrito municipal da Ka-Tembe, na cidade de Maputo.
Segundo o MISA, o jornalista participou na luta pela afirmação das liberdades de imprensa e de expressão, no país. Para o MISA, nada justifica o assassinato de qualquer que seja o cidadão, muito menos de um jornalista, cujo trabalho é crucial para a sobrevivência de uma democracia.
Independentemente das motivações, o assassinato de um jornalista é um grande revés para um país democrático, onde a imprensa é um pilar fundamental, pelo que o assassinato de João Chamusse merece ser condenado da forma mais veemente possível.
“Nenhuma sociedade deve se permitir, pois, recorrer a assassinatos para resolver seus problemas, muito menos assassinar jornalistas. Ao mesmo tempo que condena este ato vil, o MISA Moçambique insta as autoridades competentes a investigar e esclarecer, o mais rapidamente possível, este ato que choca o país e o mundo. Só o esclarecimento do caso pode afastar a associação que está a ser feita, publicamente, do assassinato do jornalista e as suas posições críticas à governação da Frelimo, tanto na televisão como no Jornal. O Governo moçambicano precisa de enviar uma mensagem clara de que não compactua e nem tolera assassinatos de quem quer que seja, muito menos de jornalistas”, lê-se num comunicado de imprensa do MISA,
O MISA lembra que o nome de Moçambique, em matérias de liberdade de imprensa, de expressão e dos demais direitos fundamentais consagrados em democracias, encontra-se manchado a nível internacional, devido aos
acontecimentos dos últimos anos, que incluem, justamente, assassinatos de jornalistas e raptos, entre outras formas de hostilização e repressão destes profissionais.
O Estado moçambicano não quererá carregar mais um fardo de assassinato de um jornalista, por isso, a forma que tem de afastar essas suspeitas é de esclarecer, com urgência, este crime público, que não carece de denúncia, levando seus atores, materiais e morais, a Tribunal.
O MISA endereça uma mensagem de condolências à família, colegas e amigos de João Chamusse e a toda a classe jornalística por este acontecimento bárbaro.
Quem também reagiu a morte de João Chamusse, é o edil da Autárquica de Quelimane, Manuel de Araújo, que começa por expressar as mais sinceras condolências à família enlutada, aos amigos e colegas de trabalho, bem como a toda a comunidade que partilha da dor desta perda irreparável.
Segundo Araújo, João Chamusse desempenhou um papel vital como jornalista, editor do diário eletrónico “Ponto por Ponto” e comentador na TV Sucesso. A sua voz crítica e comprometida contribuiu significativamente para o debate público em Moçambique, destacando-se pela sua linguagem simples, mas incisiva, na abordagem das questões que moldam a sociedade.
“Recordamos com respeito a trajetória de João Chamusse, desde os seus dias como piloto comercial até ao seu envolvimento no jornalismo. A sua coragem e determinação em expor incongruências e excessos na governação não passaram despercebidos, mesmo quando isso o colocava em posições desafiadoras”.
O comunicado assinado por Manuel de Araujo, termina indicando que João Chamusse será recordado não apenas pelo seu trabalho no jornalismo, mas também pelo seu compromisso com a verdade e pela sua coragem em enfrentar desafios.