As operadoras de telefonia móvel Vodacom e Tmcel anunciaram ter chegado a entendimento para a não interrupção da interligação da rede com efeitos a partir de amanhã, conforme inicialmente avançado.
O anúncio do entendimento entre as duas operadoras foi feito depois de um encontro realizado sob intermediação do Instituto Nacional das Comunicações de Moçambique (INCM). No encontro, a Tmcel comprometeu-se a honrar com os compromissos que tem com a Vodacom.
Falando a jornalistas, o director-geral do INCM, Tuaha Mote, explicou que definitivamente, não haverá nenhuma interrupção da interconexão, pelo que os serviços prestados pelas duas partes continuarão a fluir como vem acontecendo.
Acrescentou que as contrapartes compreenderam que não houve má-fé da parte da Vodacom ao anunciar a decisão que pretendia tomar, ao mesmo tempo que a dívida chegou ao estágio actual por razões de fundos que a Tmcel está a enfrentar.
Tuaha Mote indicou que, neste momento, as partes envolvidas, nomeadamente a Vodacom, Tmcel e o INCM comprometem-se a continuar a trabalhar para se ultrapassar definitivamente a animosidade gerada pelo diferendo existente entre as duas operadoras.
“É preciso clarificar que este assunto é basicamente de natureza comercial entre as duas empresas e nós entramos apenas como intermediários da negociação e acreditamos que o entendimento que houve hoje (ontem) será decisivo para a solução definitiva das diferenças”, sustentou.
A fonte referiu ainda que durante o encontro, a Tmcel comprometeu-se a honrar com os compromissos que tem com a Vodacom.
O regulamente da interconexão obriga que os clientes de uma determinada operadora tenham a faculdade de ligar para um outro operador.
Esta figura de interconexão foi criada justamente para que não se obrigue aos clientes a ter o número do mesmo operador para se comunicarem.
“Significa isso que a legislação moçambicana obriga que os operadores de telefonia interliguem as suas redes para que independentemente de quem é provedor do serviço seja possível o acesso aos serviços de todos os clientes das diferentes operadoras”, explicou para quem uma eventual interrupção unilateral por parte de uma das operadoras, para além de ferir a lei, poderia criar prejuízos aos clientes.