As projecções do Instituto Nacional de Estatísticas (INE) referentes a este ano, indicam que o país tem 781.589 pessoas com deficiência, ou seja, 2.5 por cento de concidadãos têm dificuldades multi-funcionais consideráveis.
O Presidente da República, Filipe Jacinto Nyusi, defende a adopção de acções concretas, visando a remoção das barreiras sociais, económicas e culturais para garantir a protecção dos direitos da pessoa com deficiência.
Para o Chefe do Estado, o respeito pelos direitos das pessoas com deficiência exige o envolvimento da sociedade e que todos os intervenientes devem agir de maneira coordenada para a melhoria das condições de vida deste grupo.
Nyusi falava ontem em Maputo no lançamento da Estratégia da Educação Inclusiva e Desenvolvimento da Criança com Deficiência (EEIDCD 2020-2029), lembrando que o país tem estado a realizar acções com vista a empoderar a pessoa com deficiência, através da prestação da assistência médica e medicamentosa, incluindo os serviços de medicina física e reabilitação.
Entre as acções de proteção a este grupo, destacou a capacitação de técnicos de saúde e acção social e língua de sinais e outras matérias ligadas à deficiência, de modo a permitir maior acesso aos serviços, bem como a formação profissional e vocacional de deficientes e sua integração no mercado de emprego.
Segundo as projecções do Instituto Nacional de Estatísticas (INE) referentes a este ano, o país tem 781.589 pessoas com deficiência, ou seja, 2.5 por cento de concidadãos têm dificuldades multi-funcionais consideráveis.
“Em 2020, dos 95.054 alunos matriculados, 22.484 tinham deficiência auditiva, característica, com maior incidência, e 2.156 eram autistas. Em 2021, o número reduziu para 66.529 alunos devido ao impacto das restrições devido à Covid-19 e necessidade de protecção deste grupo”, acrescentou Nyusi.
O presidente defendeu que o papel da escola e da sociedade é providenciar recursos e necessárias adaptações para facilitar o processo de ensino e aprendizagem e a socialização de todos.
“A estratégia que hoje estamos a lançar é um instrumento orientador com a finalidade de assegurar a inclusão no processo educativo, de todas as crianças, cumprindo assim o plasmado no artigo 35 da Constituição da República. Ela é o nosso farol para a resolução dos problemas de acesso ao ensino das crianças com deficiência para que tenham uma educação de qualidade”, afirmou.