Das investigações feitas, a polícia sul-africana suspeita Bakhir Ayob como mandante do rapto de Jair Abdula, filho mais velho do empresário moçambicano Salimo Abdula, que ocorreu na madrugada da sexta-feira última, em Benoni, na vizinha África do Sul.
Na noite anterior, o filho do empresário e mais quatro amigos seus decidiram viajar para Joanesburgo a fim de assistir a um casamento de um amigo em comum, residente na terra do rand, de nome Naim Ikbal.
A polícia sul-africana está na posse de informações que o principal mandante deste crime seja Bakhir Ayob. Nas investigações feitas pela polícia sul-africana chegou-se à conclusão de que nenhum carro seguia o filho do empresário e seus amigos, desde a sua saída de Maputo, o que deixa claro que os raptores são sul-africanos e que a informação sobre a localização dos mesmos tenha partido de um dos elementos do grupo (amigos que viajam com Jair).
Nomano Leck, um dos membros deste grupo, é suspeito de ser um dos informadores que passara a informação do roteiro da viagem a Bakhir Ayob. Das investigações feitas apurou-se que Nomano Leck deve valores avultados a Jair Abdula.
Na sequência da dívida, Jair Abdula tomou posse de um negócio de Nomano Leck de lavagem de viaturas com o objectivo de abater parte da dívida. Sabe-se também que Nomano deve a vários empresários de Maputo.
Há indícios de que Nomano Leck possa ter dado informações a Bakhir Ayob e este, por sua vez, as passou aos obreiros do rapto sobre a localização exacta do grupo.
A polícia sul-africana apurou ainda que é possível que um outro amigo de Jair Abdula, Muhammad Kader, conhecido por Chacha, também esteja envolvido como informador de Bakhir.
O nome de Muhammad Kader, está assinalado na polícia sul-africana, Hawks, como a pessoa que tem dado informações sobre várias vítimas de raptos naquele país.
(Justiça Nacional/ZEBRANDO)