RDC – Forças militares leais ao Presidente abortam golpe de Estado

Três dos envolvidos tinham empresas mineiras em Moçambique

O Golpe foi travado pelas Forças Armadas da República Democrática do Congo (FARDC), leais ao Presidente da República, Félix Tshisekedi, na madrugada de sábado.

Esta intentona foi conduzida, segundo o porta-voz das FARDC, brigadeiro Sylvain Ekenge, por congoleses e estrangeiros,

O líder desta tentativa golpe, foi Christian Malanga, um congolês de 41 anos de idade, antigo militar que vivia nos EUA. Este foi morto pelas FARDC  e outras 50 pessoas foram detidas, três dos quais cidadãos americanos.

Nascido em 1983, na então República do Zaire, Malanga cresceu em Ngaba, em Kinshasa, e morou na África do Sul e na Suazilândia antes de se estabelecer nos Estados Unidos.

Informações postas a circular por diferentes jornais moçambicanos, indicam que o líder do golpe falhado, Christian Musumar Malanga, de nacionalidade congolesa tinha residência na cidade da Matola, no bairro Matola F; os seus companheiros Cole Patrick Ducey, de nacionalidade norte-americana, e Benjamin Reuben Zalman Polun, também norte-americano tinham residências na Cidade de Maputo. Malanga foi candidato derrotado às eleições presidenciais de 2011.

Os três dos envolvidos na tentativa de golpe tinham empresas mineiras em Moçambique. Investigações recentes apontam o comercio ilícito de diferentes produtos como uma das bases de financiamento de terroristas na província de Cabo Delgado que chega a amealhar mais de 2 milhões de USD, só no contrabando de madeira valiosa com chineses e outros indivíduos sinistros e camuflados em empresários.

Um dos norte-americanos detidos, Benjamin Reuben Zalman-Polun, criou pelo menos três empresas em Moçambique em 2022, todas mineiras ou empresas relacionadas.

Entretanto, a chefe da missão de manutenção da paz da ONU na República Democrática do Congo condenou “com toda a veemência” o ataque às residências do Presidente e vice-primeiro-ministro congoleses, numa tentativa de golpe de Estado.

A embaixadora norte-americana na RDCongo, Lucy Tamlyn, condenou o ataque e manifestou-se “muito preocupada” com o alegado envolvimento de cidadãos dos EUA.