A Associação Moçambicana de Juízes (AMJ) emitiu ao princípio da noite de quinta-feira um comunicado de imprensa, alertando toda a sociedade que, num prazo de 30 dias, vai desencadear a primeira greve no país.
Isto, segundo o mesmo ofício, será concretizado em caso de não satisfação das necessidades da classe, que constam num caderno reivindicativo submetido, em Maputo, ao Governo de Moçambique.
Trata-se das exigências directamente relacionadas com a desejada Independência Financeira do Poder Judicial, salários, segurança e subsídios.
Na falta de resposta destas inquietações e no prazo de 30 dias, o mesmo documento em nosso poder avança que a Assembleia Geral da Associação Moçambicana de Juízes poderá decretar a paralisação das actividades jurisdicionais a nível nacional.
A iniciativa, conforme apuramos, surge no prosseguimento das deliberações tomadas na Primeira Assembleia Geral Ordinária desta agremiação profissional, realizada no dia 27 de Abril passado.
Este ambiente sombrio no seio da Magistratura Judicial acontece numa altura em que cresce a violação de segurança dos profissionais desta área, com assaltos, roubos e violações sexuais nas suas residências, entre outros delitos sobretudo nas províncias de Manica e Niassa, no centro e norte de Moçambique.