Acusada de corrupção: Detida Presidente do parlamento sul africana 

Mapisa-Nqakula é suspeita de ter recebido subornos em troca da adjudicação de contratos, durante o seu mandato como ministra sul-africana da Defesa. Segundo relatos, uma empresária alegou ter pago dois milhões e trezentos mil rands à atual presidente do parlamento sul-africano.

Na sequeência desta denúncia foram efectuadas buscas, que duraram cerca de cinco horas, na residência da política. As mesmas foram conduzidas com a cooperação de Mapisa-Nqakula, conforme afirmado num comunicado emitido pelo parlamento sul-africano nesta quarta-feira.

A presidente do parlamento afirmou manter a convicção de sua inocência.

Neste momento, Nosiviwe Mapisa-Nqakula, encontra-se detida pela polícia na capita sul-africana. De acordo com vários órgãos de comunicação social sul-africanos, a política do Congresso Nacional Africano (ANC, na sigla em inglês), no poder desde 1994, ter-se-á entregado às autoridades policiais de Pretória na manhã desta sexta-feira.

A detenção de Nosiviwe Mapisa-Nqakula foi também anunciada na rede social X (antigo Twitter) pelo líder do partido de oposição Movimento Democrático Unido (UDM), Bantu Holomisa.

“A presidente do Parlamento finalmente foi detida. Ela encontra-se detida na esquadra de Polícia de Pretória. Às 09:00 comparecerá no Tribunal Criminal”, salientou.

Holomisa instou em 2021 a Comissão Permanente Conjunta de Defesa do Parlamento a investigar as alegações de corrupção pública contra a presidente do parlamento sul-africano.

De acordo com a imprensa local, Mapisa-Nqakula terá submetido um pedido judicial urgente para impedir a sua detenção, solicitando que fosse intimada para comparecer em tribunal.

A detenção pelas autoridades ocorre 24 horas depois de a presidente do parlamento sul-africano anunciar que se iria ausentar “imediatamente” do cargo em “licença especial” devido à investigação em curso às alegações de corrupção pública de que é alvo.

“A presidente do parlamento defende firmemente a sua forte convicção de inocência e reafirma que não tem nada a esconder.

Vários partidos políticos apelaram a uma investigação “exaustiva” do caso e à demissão da presidente do parlamento, a cerca de dois meses das eleições gerais em 29 de maio.

“A presidente do parlamento tem que se demitir para manter e sustentar a confiança do público no nosso Parlamento”, declarou Siviwe Gwarube, o líder parlamentar do Aliança Democrática (DA), principal partido na oposição.

O líder do partido de oposição Freedom Front Plus (FF Plus), Pieter Groenewald, considerou esta semana que a presidente do Parlamento da África do Sul “deveria afastar-se até que esta investigação seja concluída porque a sua integridade está agora sob investigação e isso reflete-se no Parlamento”.