O Presidente do partido Frelimo e da República de Moçambique, Filipe Nyusi disse que a eleição de Daniel Chapo, Governador de Inhambane, a candidato presidencial às eleições gerais de 9 de Outubro, coloca fim a especulação sobre o terceiro mandato. “Terminou a novela de especulações, incluindo a especulação do terceiro mandato. Especulavam por medo, esquecendo-se que a Frelimo respeita as leis”, disse.
Filipe Nyusi que Falava ontem, durante o encerramento da I sessão extraordinária do Comité Central da Frelimo, referia-se a algumas vozes que o acusavam de estar a preparar algumas manobras para manter-se no poder por mais um mandato.
O Presidente da Frelimo, reconheceu que a sessão que durou três dias foi marcada por debates intensos sobre as opções que tomadas na escolha do candidato presidencial.
“No entanto, tivemos que seguir estritamente o comando dos estatutos do partido que atribuem a Comissão Política a competência de apresentar a proposta dos candidatos da Frelimo á Presidência da República, tendo em conta que o Comité Central dirige o partido nos intervalos do congresso”, afirmou Nyusi.
Explicou que essa situação, longe de ser uma anomalia, mostra claramente que a Frelimo é um partido dinâmico que continua a guiar-se pelos princípios democráticos na escolha dos seus dirigentes.
“O Processo de eleição que acabamos de realizar e que resultou na escolha de Daniel Chapo, á candidato Presidencial, corresponde inteiramente às espectativas dos moçambicanos que representamos, em face dos desafios que o país enfrenta na actual conjuntura”, disse Filipe Nyusi.
Segundo o Presidente da Frelimo, pela posição relevante que o seu partido ocupa a nível do país e na arena internacional neste processo, procurou colher as sensibilidades de diferentes grupos ao nível do partido e de toda a sociedade, incluindo além-fronteiras.
“Colhemos opiniões de militantes do topo a base, de vários estratos sociais, jovens, mulheres, combatentes, sector produtivo, académicos, representantes da sociedade civil, líderes de confissões religiosas, entre outros”, acrescentou.
De acordo com Filipe Nyusi, na elaboração das propostas apresentadas ao Comité Central, a comissão política identificou entre bons camaradas, com qualidade e experiência de liderança e com capacidade para manter a estabilidade do partido e do país.
Disse que se tratou de um processo completamente natural, que decorreu de forma abrange, não procurou acomodar determinada zona por tendência, pois, segundo ele, na Frelimo, elege-se militantes moçambicanos, independentemente da sua região de origem.
“Ficou evidente a proveniência das listas, ou eram camaradas propostas pela Comissão Política ou pelo Comité Central e, os resultados são a prova disso”, disse, salientando que o processo demostrou claramente que não estava em causa a posição hierárquica de um determinado camarada candidato, todos e de forma descomplexada participaram no processo eleitoral com iguais oportunidades.
Segundo Filipe Nyusi, ao longo do seu percurso, o candidato da Frelimo, Daniel Chapo demostrou ser um dirigente comprometido com a causa do partido e do povo, exercendo com zelo e dedicação as várias missões confiadas pelo partido e pelo Estado.
Lembrou aos seus camaradas que o segredo da vitória está na união e que com a eleição do candidato inicia a marcha rumo á vitória. “Todos devemos nos unir em torno do candidato Daniel Chapo, pois, não há vitórias antecipadas, é preciso trabalhar arduamente para vencer as eleições”, disse, para quem a Frelimo continua a ser a força política que traduz os mais genuínos interesses dos moçambicanos.