Venâncio Mondlane coloca possibilidade de concorrer às presidenciais como independente ou por via de coligação

Depois de ver chumbadas todas as tentativas de participar ao 7º congresso da Renamo e concorrer à presidência deste partido, Venâncio Mondlane coloca a possibilidade de concorrer às presidenciais de Outubro, como independente ou por via de Coligação para Aliança Democrática, um movimento constituído por 21 partidos políticos.

Esta informação foi avançada pelo próprio Venâncio Mondlane, numa conferência de imprensa, que decorreu esta tarde, do lado de fora do local onde decorre o 7º congresso a Renamo.

Contudo, Mondlane explicou que a melhor decisão será tomada depois de reunir com a sua equipa, composta por mais de 450 coordenadores espalhados por todo o país. “Neste momento, não posso avançar muitos dados, preciso de ouvir estas pessoas que suportam a minha candidatura”.

Para justificar a sua posição, Venâncio Mondlane explica: “Se a liderança da Renamo tivesse me deixado concorre e perder, obviamente que eu continuaria na Renamo e iria apoiar o candidato vencedor, mas do jeito como as coisas estão a acontecer nada mais me impede de sair da Renamo”.

Também confirmou que tem estado a ser namorado pela Coligação para Aliança Democrática, um movimento constituído por 21 partidos políticos. “A coligação quer que eu seja o seu candidato presidencial, mas ainda estou a ponderar”.

Por sua vez, o advogado de Venâncio Mondlane, explicou que caso este queira, existem muitos elementos que possam concorrer para a anulação do congresso, primeiro porque o seu cliente foi eleito a nível da base e existe algumas normas internas, aprovados pela própria Renamo, que dizem claramente que os congressistas ou, vão por inerência de funções ou por eleição.

Venâncio foi eleito a nível da base com 98 por cento, mas também foi eleito a nível da província por aclamação e não obstante ter sido eleito, um membro da Renamo decidiu negar-lhe esse direito.

Entretanto, a Polícia da República de Moçambique (PRM) na Vila autárquica de Alto-Molókwe, na província da Zambézia, negou cumprir a ordem do Tribunal Judicial daquele distrito para acompanhar Venâncio Mondlane à sala onde decorre o 7º congresso da Renamo.

O Tribunal ordenou ainda que como membro do partido, Mondlane tem o direito de eleger e de ser eleito, anulando desta forma todos os impedimentos que correm contra este político.