O Congresso Nacional Africano (CNF), partido do governo, diz estar a analisar publicações no Twitter feitas pela filha de Jacob Zuma, Duduzile Zuma-Sambudla, que tem enviado Twitter pedindo às pessoas que “deixem queimar tudo” e alertando: “Você colherá o que plantou”, por implicação dirigida ao Presidente Cyril Ramaphosa.
A ANC já fez saber, publicamente, que Duduzile Zuma terá que responder e explicar o que os seus Twitts significam e aonde eles vão levar.
A ministra de Segurança do Estado, Ayanda Dlodlo, afirmou que o governo está empenhado em separar as informações falsas das verdadeiras, principalmente após receber informações de que ex-agentes de segurança ligados a Zuma estariam ligados à escalada da violência que se vive naquele país.
Jacob Zuma, de 79 anos, foi condenado no final do mês passado por desafiar uma ordem do tribunal constitucional para depor em um inquérito que investigava corrupção de alto nível durante seus nove anos no cargo, que ocupou de 2009 até 2018.
A decisão de prendê-lo resultou de procedimentos legais vistos como um teste à capacidade da África do Sul pós-apartheid de fazer cumprir o Estado de Direito, inclusive contra políticos poderosos.
Zuma já havia sido preso pelos governantes de minoria branca antes de 1994 por seus esforços para tornar todos os cidadãos iguais perante a lei, fato que o eleva à condição de herói nacional por parte da população.
Além de sua prisão, os baixos níveis de renda e o desemprego, 32,6% entre a força de trabalho e 46,3% entre os jovens, são vistos como causas para a crise atual.
Outro fator preponderante tem sido a atuação de Ramaphosa, Presidente sul africano para lidar com a crise. Para muitos, o atual presidente demorou em mobilizar tropas para lidar com os protestos naquele que é o maior desafio desde que assumiu o cargo, em 2018.
