ANTÓNIO Guterres, 72 anos, é amanhã (18 de Junho), reconduzido ao cargo de secretário-geral das Nações Unidas, após obter o voto favorável e unânime dos 173 Estados membros da organização fundada a 4 de Outubro de 1945 e que tem sede em Nova Iorque.
O secretário-geral “é um símbolo dos ideais das Nações Unidas” e “um porta-voz dos interesses dos povos do mundo, em particular dos pobres e vulneráveis”, segundo a definição publicada pela própria organização na sua página na Internet.
A par de Guterres, apenas outros oito nomes (todos homens) ocuparam este cargo ao longo das mais de sete décadas de existência das Nações Unidas.
A disponibilidade de António Guterres para cumprir um segundo mandato de cinco anos como secretário-geral da ONU foi confirmada a 11 de Janeiro passado e em 75 anos de vida das Nações Unidas apenas o egípcio Boutros Boutros-Ghali não foi reconduzido no cargo.
Guterres, ex-Alto Comissário da ONU para os Refugiados, foi aclamado pelos 193 Estados-membros da Assembleia-Geral para o cargo de secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) a 13 de Outubro de 2016, após uma importante e determinante recomendação do Conselho de Segurança adoptada a 6 de Outubro desse ano.
Em Janeiro de 2017 tornava-se o nono secretário-geral da ONU para um mandato de cinco anos.
Após um primeiro mandato, o seu balanço é pobre ao fim de cinco anos, continuando a Síria, o Iémen ou o Mali desesperadamente à espera de uma solução política. Mas houve uma pacificação em curso na Líbia.
Adepto de uma diplomacia de bastidores, Guterres assegura que está a investir sem olhar a custos para evitar um agravamento do conflito em Chipre, para tentar conter as inclinações belicistas do poder etíope na região de Tigray e para mobilizar o Conselho de Segurança. – (LUSA)