O Governo assegura que não há registo de moçambicanos entre as vítimas das manifestações violentas que, desde semana passada, assolam o Reino de Eswatini.
Em declarações a imprensa, o director do Instituto Nacional para as Comunidades Moçambicanas no Exterior (INACE), Armando Pedro Muiuane, deu a conhecer igualmente, que nenhum concidadão está envolvido nas escaramuças que resultaram na destruição de infra-estruturas sociais e económicas, públicas e privadas.
“Os moçambicanos estão bem e não se envolveram na desordem. Andam longe disso”, garantiu Armando Pedro Muiuane, adiantando que residem naquele país cerca de 10 mil moçambicanos, seis mil dos quais com registo consular.
O director do INACE assinalou que nas áreas onde vive a maior parte da comunidade moçambicana não houve tanta confusão como está a suceder nos grandes centros urbanos.
Dos contactos mantidos com a missão diplomática naquele Reino, Muiuane disse que ainda não recebeu, qualquer pedido de concidadãos interessados em regressar ao país, devido ao fenómeno.
A nossa fonte renovou o apelo a todos moçambicanos residentes em Eswatini para que, enquanto durar a onda de manifestações, mantenham-se calmos e em suas casas.
Aconselhou igualmente aos concidadãos a não aderir a esta onda de distúrbios.
“Os moçambicanos não devem apoiar nenhuma actividade ilegal. Também aconselhamos a não se desviarem do foco.
Frisou que, o INACE está em permanente contacto com o Alto Comissariado de Moçambique no Reino de Eswatini, bem como com representantes das comunidade moçambicana a acompanhar o desenrolar da situação.
“E caso haja quem queira regressar ao país é só dirigir-se à nossa missão diplomática para receber assistência”, salientou.
Na mesma linha, Domingos Tomo, representante da comunidade moçambicana em Eswatini, confirmou não haver propriedades de compatriotas vandalizadas pelos manifestantes.
A maior parte dos moçambicanos reside em Manzini, Matsapa e Mbambane, e desenvolve comércio informal, carpintaria, construção, mecânica e agro-pecuária.
O Reino de Eswatini, antiga Suazilândia, tem sido palco, nos últimos dias, de manifestações contra aquela que é a última monarquia absoluta em África. Para conter os distúrbios, o Governo decretou lei marcial e o recolher obrigatório.