Portugal satisfeito com “rigor e grau de execução” de projetos com o seu apoio

“Há aqui uma nova ambição e uma capacidade de podermos continuar a ser úteis a Moçambique. Não se trata de apoiar, de assinar, trata-se de ser útil”, referiu o Ministro do Ambiente.

O ministro do Ambiente e da Ação Climática português disse esta quinta-feira, em Maputo, que o seu país quer continuar a ser “útil” a Moçambique, manifestando satisfação acerca do “rigor e grau de execução” de projetos apoiados anteriormente.

“Há aqui uma nova ambição e uma capacidade de podermos continuar a ser úteis a Moçambique. Não se trata de apoiar, de assinar, trata-se de ser útil e de partilhar e é isso que queremos continuar a fazer. Temos uma enorme satisfação com aquilo que foi o rigor e grau de execução de todos os projetos [apoiados por Portugal]”, disse João Pedro Matos Fernandes.

O ministro falava em Maputo durante um encontro com a ministra da Terra e Ambiente de Moçambique, Ivete Maibaze, para estreitar a cooperação entre os dois países e trocar experiências na área do ambiente.

Na ocasião, o Governo português anunciou a disponibilização de 300 mil euros para apoiar a restauração de ecossistemas de duas áreas de conservação em Moçambique, através da assinatura de protocolos na área ambiental.

Do montante total disponibilizado por Portugal, 150 mil euros são destinados ao reforço da capacidade técnica da Reserva Especial de Maputo, visando o restabelecimento dos processos ecológicos e regeneração de espécies florestais nativas da reserva, num protocolo assinado em Maputo.

Os remanescentes 150 mil euros deverão ser aplicados no restauro dos mangais da reserva moçambicana de Marromeu, centro do país – protocolo a assinar ainda no decorrer da visita de Matos Fernandes a Moçambique.

O Governo moçambicano agradeceu a ajuda e comprometeu-se a fazer uso “eficiente” dos recursos, considerando que o apoio vai contribuir para o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável instituídos pelas Nações Unidas.

Gostaria de assumir, desde já, o compromisso para umautilização eficiente dos recursos aqui disponibilizados para os propósitos definidos neste protocolo e que certamente irão contribuir grandemente para a reposição dos ecossistemas ameaçados”, referiu Ivete Maibaze.

O ministro João Pedro Matos Fernandes, numa visita de quatro dias a Moçambique, voltou a destacar que, em 2017, quando arrancou o Fundo Ambiental, Portugal manifestou a intenção de financiar projetos nos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) e Timor-Leste na ordem de 10 milhões de euros, valor que atingiu, em 2021, os 11,5 milhões de euros.

Destes 11,5 milhões de euros, referiu, 1,8 milhões foram investidos em Moçambique até final de 2020, nomeadamente em sete projetos no ciclo de água e reforço de abastecimento, principalmente em Maputo.

A partir de 2022, e durante cinco anos, Portugal conta investir 20 milhões de euros para a cooperação no domínio ambiental e do combate às alterações climáticas.

“Esta é uma luta global e temos de saber apoiar os países mais necessitados”, frisou o ministro em declarações à Lusa. (observador)