CNE ainda tem dificuldades de realizar eleições que sejam consideradas por todos como credíveis e justas.

O director executivo do IMD, lamenta o facto de os órgãos de gestão eleitoral ainda encontrarem dificuldades em realizar eleições que sejam consideradas por todos os actores como credíveis e justas. “Na verdade, os resultados eleitorais foram sempre contestados e, não raras vezes, foram o móbil de conflitos pós-eleitorais”, disse, acrescentando que o IMD como parte interessada na consolidação da democracia eleitoral tem grande expectativas em relação a esta nova CNE.

O director executivo fez estas declarações na abertura do seminário de indução temática dos membros da Comissão Nacional de Eleições (CNE), que se realiza na sequência da eleição e tomada de posse de novos membros da CNE.

Segundo Mudlhovo, o IMD espera que a CNE garanta que os resultados dos próximos pleitos eleitorais sejam considerados credíveis e aceites por todos os actores políticos. “Também, pretende-se que a nova CNE seja mais dialogante perante o cidadão eleitor e inspirando a confiança necessária para a redução dos níveis de conflitos e violência eleitoral”, disse.

Mulhovo, recordou a nova CNE, que as próximas eleições vão se realizar num contexto da materialização dos acordos de paz assinados em 2019, sendo por isso necessário consolidar estes ganhos, promovendo maior qualidade do escrutínio.

O encontro de dois dias, contará com oradores da sociedade civil e académicos que irão partilhar temas e evidências de situações que colocam em causa a credibilidade eleitoral em Moçambique, com base para sustentar uma reflexão interna dos membros da CNE na busca de soluções, de modo a contornar a sua ocorrência.

De acordo com Modlhovo, apesar de Moçambique orgulhar-se pela realização contínua e regular de eleições, sem nenhuma interrupção desde a introdução do multipartidarismo, em 1994, ainda há vários desafios por superar, alguns dos quais relacionados com a integridade na gestão dos processos eleitorais.

Por seu turno, o Presidente da Comissão Nacional de Eleições (CNE), Carlos Matsinhe, exortou os membros deste órgão eleitoral a tomarem dianteira das formações em todo o país, ao mesmo tempo que devem supervisionar as actividades e preencher as lacunas existentes, caso seja necessário com maior prudência.

Segundo Carlos Matsinhe, as formações e capacitações que vem decorrendo permitem aos membros da CNE ver com profundidade alguns temas que dizem respeito ao trabalho que irão realizar nos próximos dias. “Estas são oportunidades para melhorarmos os nossos conhecimentos de forma que não haja razões de não podermos executar as nossas tarefas com responsabilidades e capacidades”, disse o Presidente da CNE, que espera que cada formando saia do encontro munido de conhecimentos para assumir as suas obrigações e responsabilidade com clareza e segurança.