A directora executiva da ONU Mulheres, Phumzile Mlambo-Ngcuka que visitou recentemente Moçambique, ressaltou o papel feminino na manutenção da paz e disse haver necessidade de se avançar com autonomia e empoderamento feminino em todos os setores da sociedade para se alcançar o desenvolvimento sustentável.
Na sua visita a Mocambique, Phumzile Mlambo-Ngcuka reuniu-se com governantes, representantes da sociedade civil e grupos de mulheres. Para ela, a inclusão das mulheres em matérias de paz e segurança e a diferença que fazem na consolidação e manutenção da paz foram alguns dos destaques da visita da diretora-executiva da agência ONU Mulheres a Moçambique.
Phumzile Mlambo-Ngcuka pediu a todos que ajudem com os esforços na área de Mulheres, Paz e Segurança e Resposta à crise humanitária. Ela lembrou que já está provado que quando as mulheres se envolvem, vários setores de consolidação da paz avançam.
A chefe da ONU mulheres falou sobre os desafios de Moçambique e disse que gostaria de ver a participação de todos na busca de soluções.
Para a representante da agência, o engajamento poderá contribuir para o compromisso de Moçambique face à aceleração do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 5 sobre a Igualdade de Gênero.
A ONU Mulheres está empenhada na realização do Fórum Geração Igualdade, que teve sua primeira parte realizada no México e deve ser concluído no fim de junho em Paris.
Contexto
Durante os encontros, a representante da agência foi informada sobre a situação da mulher no contexto atual em Moçambique incluindo a reconstrução pós-ciclones, a pandemia da Covid-19 e a tensão causada pelas insurgências na província de Cabo Delgado.
Ao falar sobre o preço humanitário da violência em Cabo Delgado e o sofrimento das mulheres, a diretora-executiva da ONU Mulheres citou a resolução 1325 do Conselho de Segurança, que destaca a solidariedade e o papel da mulher.
Ela lembrou que a mulher em situação e guerra tende a ser vítima assim como as crianças.
De acordo com o Plano de Resposta Humanitária 2021 mais de 1,3 milhão de pessoas precisam de assistência humanitária. Deste total, 51% são mulheres e 15% são pessoas com deficiência.