Filipe Nyusi: Dia de África deve ser ocasião para renovação do compromisso com os ideais do pan-africanismo

Sob o lema “Artes, Cultura e Património da Humanidade: Alavanca para a Construção da África que Queremos” Celebramos, hoje, 25 de Maio, o Dia de África, instituído em 1972 pela Organização das Nações Unidas, para assinalar a criação da Organização da Unidade Africana (OUA) em 25 de Maio de 1963.

Por ocasião da celebração da data, o Presidente da República, Filipe Nyusi, apelou a todos os moçambicanos, em solo pátrio e na diáspora, para promoverem os ideais da paz, unidade, solidariedade e patriotismo, de forma a consolidar as conquistas alcançadas no processo de desenvolvimento no país e no continente.

Numa mensagem partilhada o Chefe do Estado refere que a celebração constitui ocasião para que todos os africanos e, em particular o povo moçambicano, renovem o seu compromisso com os ideais do pan-africanismo e com a Agenda 2063.

O Presidente Nyusi afirma, na mensagem, que o lema traduz a importância da cultura, das artes e do património para a materialização da Agenda 2063 da União Africana e conduz à reflexão sobre o passado, de modo a valorizar as conquistas e consolidar a unidade e dignidade africanas.

Lamenta o facto desta celebração ocorrer numa altura em que o mundo vive sob flagelo dos efeitos da pandemia da Covid-19, com impacto negativo na actividade cultural, em virtude das restrições impostas para a prevenção e contenção da sua propagação.

“Manifesto, por isso, a minha admiração aos africanos que têm consentido sacrifícios face à pandemia da Covid-19, primando pela preservação do maior bem que é a vida”, lê-se na mensagem.

Ainda que o sector da cultura seja um dos mais afectados, segundo o Chefe do Estado, tem se visto, com muito agrado, os profissionais e fazedores das artes e cultura empenhados em campanhas de sensibilização contra a pandemia.

Apela para a necessidade de se fazer uma introspecção profunda sobre o caminho percorrido, identificando os obstáculos por remover e visualizar os passos subsequentes, mobilizando sinergias para aprofundar o processo de integração.

Na missiva, o mais alto magistrado da nação diz ser tempo de se tirar maior proveito do enorme manancial cultural, património intelectual, artístico, quer nas letras, quer na música e artes visuais ou culinária e entretenimento, pelo qual África é reconhecida, colocando a cultura no seu devido lugar e a desempenhar o papel central na integração social do continente.

De acordo com o Presidente Nyusi, Moçambique está a dar passos firmes neste desiderato, sendo por isso, que o Governo criou o Instituto Nacional das Indústrias Criativas, instituição através da qual se pretende implementar políticas e desenvolver estratégias que estimulem cadeias de valor das artes e culturas e tornar os seus fazedores mais valorizados.

A data assinala a criação, a 25 de Maio de 1963, da Organização da Unidade Africana (OUA), transformada em 2001 em União Africana.