O antigo secretária-geral da SADC, Tomás Salomão, considera que o país está a pagar um alto preço por ter escolhido o caminho da paz ao que, após o fim da guerra civil, aceitou desmantelar seu arsenal e não apetrechar as suas forças armadas.
Mesmo assim, sustenta que os moçambicanos ainda estão à altura de defender o próprio país, bastando uma preparação técnica e patriótica militar para que o Exército seja cada vez mais capaz para defender os superiores interesses da nação.
” Hoje somos atacados em Cabo-Delgado e na zona centro. os mesmo que em 1992, quando assinamos os acordos gerais de paz, os mesmos das Nações Unidas e outros, que diziam que Moçambique não precisava ter um exército grande, que não havia necessidade de termos a força aérea e a marinha de guerra, guarda-fronteira, que somente a polícia iria nos defender porque estávamos em paz, hoje nos criticam, dizendo que o nosso exército é fraco. Aprendemos da forma dura, a licção dura. Agora, vamos reconstruir o nosso exército para voltarmos a ser aquela força que era referência aqui na África Austral”, destacou Salomão.
Tranquilizou que Moçambique com o apoio dos país irmãos da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) vai conseguir derrotar o terrorismo e devolver a paz a população.
O antigo secretária-geral da SADC, indicou que o país só pode alcançar o êxito com a restruturação e redimensionamento das suas forças, sobretudo a força aérea e a marinha de guerra, que ficaram anos desinvestidos após o fim da guerra civil no país, na perspectiva de se adaptarem aos actuais e futuros desafios.
Tomás Salomão fez este pronunciamento em Xai-Xai, província de Gaza, na cerimónia do lançamento das celebrações do sexagésimo aniversário do movimento libertador do país, a frente de libertação de Moçambique, Frelimo, na última sexta feira.