Resgatar os valores éticos não passa pela perseguição a jornalistas

No seu primeiro pronunciamento após ser empossado, o novo presidente do Conselho Superior da Comunicação Social (CSCS), Rogério Sitoe, afirmou que o desafio de resgatar os valores éticos e de disciplina na comunicação não passam pela perseguição a jornalistas ou aos órgãos de informação.

Rogério Sitoe entende isso como a necessidade de cumprimento deontológico no exercício da profissão, fazer com que cada um exerça a sua profissão dentro dos padrões deontológicos que pressupõe a disciplina. Rogério Sitoe sucede nestas funções a Tomás Vieira Mário,  também jornalista, que vinha exercendo a função desde 2015.

Falando na cerimónia em que conferiu posse aos novos membros do CSCS, o Presidente da Republica, Filipe Nyusi, desafiou este órgão a suscitar debates para contrariar a actual tendência de alguns órgãos de reportar sem respeitar os mais elementares princípios da disciplina, ética social comum, valores da família, da dignidade da mulher e da criança.

Rogério Sitoe

Conselho Superior da Comunicação Social (CSCS) é um órgão que tem a missão de assegurar o exercício do direito à informação e à liberdade de imprensa, assim como garantir a independência e a imparcialidade dos órgãos de informação do sector público.

O actual administrador da Sociedade do Notícias e antigo Director do Jornal Notícias, foi nomeado ao cargo pelo Presidente da República e na mesma ocasião, Filipe Jacinto Nyusi nomeou também a escritora Paulina Ricardo Chiziane para integrar o órgão.

Rogério Sitoe e Paulina Chiziane juntam-se, assim, aos quatro membros do órgão eleitos pela Assembleia da República em Abril último e aos três representantes da classe jornalística eleitos em Março último pelas organizações profissionais. Trata-se de José Guerra dos Santos Simão, Jorge da Conceição Matine, Cármen de Lizi dos Santos e João de Brito Munguambe (eleitos pela AR); e dos jornalistas Eliseu Bento, Alexandre Chiúre e Suzana Espada (eleitos em representação dos jornalistas). O órgão é composto por 11 membros, incluindo um magistrado judicial designado pelo Conselho da Magistratura Judicial e um representante das empresas jornalísticas.