Segundo Verónica Macamo na ONU: Não há discriminação racial em Moçambique

A Ministra dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Verónica Macamo, afirmou esta semana em Nova Iorque, que a igualdade racial é um facto evidente no país, onde moçambicanos de todas as raças vivem em harmonia entre si e com pessoas de outras nacionalidades.

Intervindo na Reunião de Alto Nível da 76ª. Sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas Para Comemorar o XX Aniversário da Adopção da Declaração e Programa de Acção de Durban, Macamo que representa o Chefe do Estado, Filipe Nyusi, sustentou que os moçambicanos e os estrangeiros são livres de seguir a sua crença religiosa no país.

A Ministra disse que não obstante esta realidade, Moçambique viu-se confrontado com ataques terroristas na Província de Cabo Delgado que causaram luto, sofrimento profundo e muita dor no seio da população afectada.

“A situação de estabilidade neste momento melhorou consideravelmente. O progresso no terreno é visível graças às acções heroicas das nossas Forças de Defesa e Segurança (FDS) em parceria com as forças aliadas da SADC e de Ruanda”, explicou.

Segundo a Ministra, ao avaliar o estágio da implementação da Declaração e Programa de Acção de Durban, temos que reconhecer que ainda há espaço para melhorar.

Sublinhou a necessidade de romper com padrões retrógrados, porque só assim é que se pode avançar para um mundo cada vez mais justo, solidário e capaz de acomodar todas as raças e crenças.

Num outro desenvolvimento, a Ministra disse que no processo de abordagem das desigualdades decorrentes da prática do racismo, discriminação racial, xenofobia e intolerância conexa, é necessário que os países sensibilizem suas populações para a mudança de atitude e de comportamento para lograr-se ganhos assinaláveis na construção de um mundo melhor para todos.

Entretanto, passam duas décadas desde que a comunidade internacional adoptou um instrumento internacional para orientar e aglutinar os esforços internacionais contra o “Racismo, Discriminação Racial, Xenofobia e Intolerância conexa.”

A Ministra moçambicana disse que foi uma decisão histórica que definiu uma nova narrativa e abriu uma nova página na luta contra todas as formas de discriminação.

Neste contexto, acreditamos que esta reunião constitui uma oportunidade para juntos reflectirmos sobre ganhos e fracassos, sobre progressos e percalços encontrados no percurso. “É uma realidade onde se registou progresso. Há uma nova narrativa sobre o racismo e têm-se multiplicado as campanhas contra todas as formas de discriminação racial”, disse Macamo.

A governante, reiterou que Moçambique considera válidas as decisões emanadas da Declaração e Programa de Acção de Durban. Disse ainda que Moçambique reconhece a necessidade de todos os países se unirem para uma abordagem holística das causas profundas das desigualdades e as melhores formas de acabar com elas.

Verónica Macamo, finalizou a sua intervenção apelando a todos os estados-membros das Nações Unidas para redobrarem os seus esforços na implementação destas decisões, por forma a que o mundo seja livre do racismo, discriminação racial, xenofobia e intolerância conexa.