O Secretário-geral da Frelimo, Roque Silva, defendeu ontem em Maputo, que o país
possui recursos humanos suficientes e capazes de enfrentar o problema do terrorismo, que graça a região norte da província de Cabo Delgado, desde finais de 2017.
Falando em conferência de imprensa, a partir da Cidade de Pemba, que marcou o fim da sua visita de trabalho àquela província, Roque Silva disse que há uma demonstração clara da capacidade das Forças de Defesa e Segurança, tomando como exemplo o último ataque a Palma, onde as FDS escorraçaram os terroristas.
“Em Palma, o objectivo dos terroristas não era de atacar e sair, mas sim de atacar e ficar, mas graças a capacidade de resposta das FDS, apesar de limitação de meio, protegeram a sede do distrito de Palma e, hoje, assistimos o retorno da população”, disse.
Segundo Roque Silva, já foi dito várias vezes que se a solução do problema do terrorismo residisse no apoio de tropas externos, o Afeganistão não estaria ainda a enfrentar este problema, porque estão lá tropas americanas.
“A Líbia já estaria em paz porque estão lá tropas francesas e americanas, mas, infelizmente o país continua em guerra”, afirmou, acrescentando que durante a guerra dos 16 anos, que o país sofreu, movida pela Renamo houve apoio de tropas zimbabweanas e tanzanianas, mas não foram eles que acabaram com a guerra, foram sim, as tropas moçambicanas.
De acordo com Roque Silva, o país tem homens eficientes, liderados por um Comandante em Chefe capaz. “O que precisamos é apoio na formação dos militares, incluindo a logística”.
Em relação a situação humanitária, gerada pelas acções terroristas, o secretário-geral da Frelimo, que visitou os distritos de Palma, um dos afectados, Chiure e Ancuambe, que acolhem os deslocados, afirmou que sai de Cabo Delgado com um misto de sentimentos.
“Saio com um sentimento de tristeza por todos os relatos que ouvimos a partir de Palma, pela forma violenta como os terroristas assassinam a população. Mas saímos também com um sentimento de satisfação porque vimos famílias que já não esperam apenas por comida distribuída pelo programa de emergência, uma vez que já fizeram as primeiras colheitas de produtos como milho, feijão, amendoim e mandioca”, disse.
Segundo o SG da Frelimo, em Ancuambe já se faz compras de alguns produtos no mercado instalado no centro de acomodação, que são produtos resultantes do trabalho da população.
Roque Silva visitou Cabo Delgado com o objectivo de solidarizar-se com as famílias vítimas de ataques terroristas, para alem de monitorar o funcionamento dos órgãos de base do seu partido.
