Diálogo Nacional Inclusivo: Cidadãos de Nlhamankulo exigem paridade e transparência na gestão eleitoral

Durante uma auscultação pública, promovida pela Comissão Técnica para o Diálogo Nacional Inclusivo (COTE), cidadãos do distrito municipal de Nlhamankulo, defenderam mudanças estruturais na composição dos órgãos eleitorais, exigindo maior paridade e transparência.

Os participantes propuseram que tanto a Comissão Nacional de Eleições (CNE) quanto o Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE) sejam compostos por representantes equitativos: três de cada partido político e três da sociedade civil. Além disso, sugeriram que os dirigentes desses órgãos sejam selecionados por concurso público, garantindo imparcialidade e respeito à vontade popular.

Orlando Inácio, um dos intervenientes, destacou que a medida visa assegurar que os líderes eleitorais sejam apartidários e comprometidos com a integridade do processo democrático.

Já Eduardo Paulo, reforçou a importância da honestidade na gestão eleitoral, alertando que a corrupção, segundo os presentes, começa nos bairros e alcança os altos escalões do poder.

Os moradores também exigiram que empresas instaladas nas comunidades locais, assumam compromissos de responsabilidade social, contribuindo com projetos como escolas, hospitais e sistemas de abastecimento de água.

Para além das questões eleitorais, foram levantadas preocupações sobre infraestrutura básica: Falta de iluminação pública, ausência de vias de acesso, escassez de esquadras e unidades sanitárias, além da crescente insegurança nos bairros.

No encerramento do encontro, o presidente da COTE, Edson Macuácua, assegurou que todas as inquietações serão compiladas e encaminhadas ao Presidente da República.

Macuácua reiterou que o diálogo político nacional é uma ferramenta essencial para a construção de um Moçambique mais democrático, pacífico e inclusivo.