“Mphanda Nkuwa” apontado como alternativa sustentável para África

Alcides Tamele – colaboração

O PROJECTO de construção da Barragem de Mphand Nkuwa, na província de Tete, foi apontado como uma iniciativa resiliente que poderá revolucionar, a longo prazo, o desenvolvimento de infra-estruturas sustentáveis para a transformação e integração do potencial energético do continente africano.

O facto foi apresentado pelo comissário de Infra-estruturas e Energia na Comissão da União Africana (CUA), Amani Abou-Zeid, no painel de alto nível sobre o tema “Promovendo Infra-estruturas Resilientes e Inclusivas para o Crescimento Sustentável da África: Alavancando Financiamento Transformativo e Integração Regional”, no âmbito da VIII edição da Semana do Programa de Desenvolvimento de Infra-estruturas em África (PIDA), que decorre na Etiópia.

Amani Abou-Zeid afirmou que é apostando em Infra-estruturas como o projecto “Mphanda Nkuwa” que África vai, facilmente, conseguir acelerar o seu processo de desenvolvimento e transformação e integração sustentável rumo a implementação da Agenda 2063.

Para além de “Mphanda Nkuwa” o dirigente indicou iniciativas como o Corredor do Lobito, que liga áreas ricas em recursos naturais em países como Angola, República Democrática do Congo e Zâmbia, com um importante acesso ao Oceano Atlântico.

Ministro do Desenvolvimento Urbano e de Infra-estruturas da Etiópia, Chaitu Sani Ibrahim.

Na mesma sessão, o Ministro do Desenvolvimento Urbano e de Infra-estruturas da Etiópia, Chaitu Sani Ibrahim, afirmou que os países africanos precisam apostar e estimular o investimento neste sector com vista a alavancar o seu potencial de crescimento, aproveitando os diversos recursos humanos e naturais de que dispõe, de modo a eliminar a dependência externa.

Com um custo de aproximadamente cinco mil milhões de euros, o projecto da Barragem de Mphanda Nkuwa, é uma iniciativa do Governo de Moçambique que se prevê que, numa primeira fase, tenha uma capacidade de até 1.500 megawatts e será a segunda maior hidroelétrica do país, depois de Cahora Bassa (HCB), que tem uma capacidade de 2.070 megawatts, e para a sua implantação foi selecionado um consórcio composto pela EDF, TotalEnergies e Sumitomo Corporation.