As comunicações com o veículo espacial foram interrompidas durante a conjunção solar, entre 28 de setembro e 17 de outubro
A Nasa anunciou que o rover Perseverance em Marte está de volta ao trabalho. Após ficar duas semanas sem comunicação com os cientistas da agência americana, o rover enviou novas fotos do planeta vermelho.
As comunicações com o veículo espacial foram interrompidas durante a conjunção solar, entre 28 de setembro e 17 de outubro. De acordo com a Nasa, o fenômeno que acontece uma vez a cada dois anos, poderia distorcer os sinais ao passarem com o sol e danificar o rover.
Durante a conjunção solar, o rover foi colocado no piloto automático. O veículo ficou estacionado entre uma duma e rochas, esperando a comunicação voltar a funcionar. O tempo de inatividade foi utilizado para monitorar o clima do planeta e observar como a poeira marciana se move com o vento.
Segundo a Nasa, alguns cientistas que trabalham na missão aproveitaram para tirar férias.
O Perseverance está em Marte desde 18 de fevereiro com seu pequeno companheiro e helicóptero, Ingenuity, que já realizou três voos pelo planeta vermelho enquanto o rover busca por indícios de que já houve vida no planeta vermelho.
Conquistas da missão Perseverance da Nasa
Antes de ficar offline, o rover conseguiu grandes feitos para a missão. Um deles foi recuperar com sucesso uma amostra de rocha de Marte. Imagens do veículo espacial também revelaram sinais que enchentes repentinas arrastaram pedras por quilômetros no planeta.
O rover também já avistou um redemoinho de poeira, viu uma espécie de arco-íris, nuvens coloridas e produziu oxigênio pela primeira vez na história do planeta.
Sobre a missão Perseverance da Nasa
O objetivo principal do Perseverance é a busca por sinais de vida. O rover irá analisar a geologia e procurar pistas sobre como era o clima de Marte no passado, abrindo caminho para exploração humana.
Ele também irá coletar rochas e sedimentos do local para serem analisados posteriormente na Terra, algo nunca antes feito no planeta.
A espaçonave, que viajou por volta de 468 milhões de quilômetros desde o seu lançamento no dia 30 de julho de 2020, pousou na cratera de Jezero, uma bacia no planeta vermelho, onde os cientistas acreditam que um antigo rio desaguou em um lago e depositou sedimentos. Eles consideram provável que o ambiente tenha preservado sinais de alguma vida que tenha habitado Marte até bilhões de anos atrás.