O NÚMERO de vítimas mortais da violência que assola a África do Sul pelo sétimo dia consecutivo, já fez pelo menos 117 mortos e mais de 2.200 detenções, segundo um balanço divulgado hoje (15 de Junho), pela Presidência da República sul-africana.
A ministra da Presidência, Khumbudzo Ntshavheni, adiantou, em conferência de imprensa, que na região de Joanesburgo o número de vítimas mortais ascende a 26.
A governante explicou que as autoridades sul-africanas contabilizaram 91 mortes na província de Kwazulu-Natal (Leste) onde a violência eclodiu na semana passada, depois da prisão do antigo chefe de Estado, Jacob Zuma, na quarta-feira, por desrespeito a uma ordem do Tribunal Constitucional.
Segundo a ministra, foram detidas 725 pessoas em Gauteng e 1.478 em Kwazulu-Natal, incluindo um dos 12 alegados principais instigadores da violência.
A polícia sul-africana já havia estimado em cerca de 2.400 os detidos na sequência dos distúrbios violentos, saques e acções de intimidação após a prisão de Zuma.
Para conter a violência e na tentativa de restaurar a ordem pública no país, o governo sul-africano está a considerar enviar mais 25 mil militares para o terreno, anunciou a ministra de Defesa, Nosiviwe Mapisa-Nqakula.
A governante sul-africana, que se reuniu online com o Comité Conjunto de Defesa do Parlamento, na noite de quarta-feira, sobre a actual situação da insegurança que prevalece pelo sétimo dia consecutivo no país, referiu que o reforço militar aguarda aprovação do Conselho Nacional de Segurança e do Presidente da República, Cyril Ramaphosa.
A Força Nacional de Defesa (SANDF, na sigla em inglês) convocou todos os militares na reserva, noticiou a imprensa local, tendo acrescentado que mais 5000 mil foram destacados para as ruas, totalizando agora 10.000 militares no terreno para conter os distúrbios violentos, saques e intimação que se intensificaram em Gauteng e KwaZulu-Natal, alastrando-se a outras regiões do país.
O Governo continua a exortar os sul-africanos à calma e a resistirem a qualquer tentativa de incitamento à violência ou alimentar divisões no país. Noticias, LUSA, Zebra.