O Presidente da República, Filipe Nyusi, manifestou abertura para dialogar com a Junta Militar da Renamo, protagonista de ataques no centro do país, especificamente nas províncias de Manica e Sofala.
“Continuamos a encorajar o diálogo, através dos mecanismos estabelecidos, com vista a restaurar o clima de estabilidade no centro do país. Um dia, acreditamos que vamos conseguir uma solução em torno da Junta Militar da RENAMO”, acrescentou Filipe Nyusi, falando esta quinta-feira, no palácio da Ponta Vermelha na recepção dos membros do Corpo Diplomático acreditado em Moçambique para a habitual apresentação de cumprimentos ao Presidente da República.
O Chefe do Estado apelou mais uma vez ao líder da Junta Militar, Mariano Nhongo, para aderir ao Acordo de Paz e Reconciliação Nacional. “Apelamos aos demais membros deste movimento para seguirem o exemplo dos seus colegas, incluindo o cidadão Mariano Nhongo”, enfatizou.
O Presidente moçambicano admitiu que as ações da Junta Militar da RENAMO têm resultado na morte de civis e perturbação na circulação de pessoa e bens nalguns troços de estrada na região centro do país, apesar de ter classificados os ataques como “esporádicos”.
Filipe Nyusi congratulou-se com os avanços alcançados na implementação do processo de Desarmamento, Desmobilização e Reintegração (DDR), assinalando que 2.307 antigos guerrilheiros da RENAMO, incluindo 153 mulheres, já entregaram as armas. Esse número, prosseguiu, corresponde a 44% de guerrilheiros previstos no quadro do DDR.