As projecções indicam que o ciclone que está com uma velocidade lenta de 9 a 11 quilómetros por hora, poderá retornar e encostar a costa moçambicana entre os dias 10 e 11 de Março, tendo como porta de entrada a província da Zambézia sem descartar Nampula e Sofala.
Segundo o meteorologista Acácio Tembe, depois de ter afectado o país, o ciclone retornou ao mar, mas como as comissões das águas estão muito quentes, principalmente no canal de Moçambique, ele voltou a intensificar e fez movimento encostando à costa de Madagáscar. “Mas nos últimos dois dias está a dar indicação de que poderá retornar para a nossa costa. Ele está a fazer uma viragem e a afectar a navegação marítima de Moçambique”, explicou o meteorologista.
Acácio Tembe disse que neste momento apresenta-se como uma tempestade tropical severa, com as projecções a mostrarem que nos próximos dois dias poderá chegar a ciclone tropical de categoria 3. “Estou a falar de ventos de cerca de 760 km por hora e rajadas de 180 a 190 quilómetros”.
De acordo com o meteorologista, as projecções também indicam que o sistema poderá fazer este retorno e encostar a costa moçambicana entre os dias 10 e 11 de Março. “Mas o que temos neste momento são projecções e ainda existe alguma incerteza em relação ao ponto de entrada, embora haja indicações de que poderá ser a província da Zambézia, sem descartar as província de Nampula e de Sofala”.
O meteorologista disse que são 4 a 5 dias para este sistema chegar a costa moçambicana, pois, está a fazer um movimento com uma velocidade muito lenta de 9 a 11 quilómetros por hora no seu deslocamento. “Portanto, vai levar muito tempo para fazer um movimento em direcção a nossa costa”, acrescentou.
O Instituto Nacional de Meteorologia (INAM) está a monitorar o sistema e sempre que for necessário promete dar informações para que as populações fiquem informadas e preparadas em relação a este assunto. “O que se diz nas redes sociais é verdade, ele está a fazer um movimento em direcção a nossa costa, mas ainda é prematuro concluir que poderá chegar ou poderá fazer um desvio”, disse.
Acácio Tembe explicou que o Freddy é um sistema que está a levar uma trajetória muito complicada, primeiro porque é um sistema que não tem nada com a classificação do ciclone da nossa região, uma vez que vem da Austrália tendo feito movimento que atingiu Madagáscar e depois Moçambique pela província de Inhambane.
Segundo o meteorologista, depois de Inhambane fez a viragem e quando se esperava que entrasse pelo Zimbabwe ou Botsuana e morrer-se lá, virou e voltou a fustigar a Província de Manica e depois Sofala e saiu pela costa.