A devolução destas viaturas faz parte do esforço para estancar a onda de vandalização de viaturas de moçambicanos na vizinha África do Sul, especificamente, no troço Maputo-Durban.
A ministra moçambicana do Interor, Arsénia Massingue, disse, ontem , em Maputo, após uma audiência com a Comissão das Relações Internacionais, Cooperação e Comunidades da Assembleia da República, que os dois países estão a trabalhar para encontrar uma solução para este problema. “Já estiveram cá as autoridades Sul africanas e fizemos a entrega de quatro viaturas roubadas naquele país e ,neste momento, estamos a espera da documentação para o repatriamento de outras 57 viaturas roubadas para a África do Sul.
Sabe-se que a polícia sul africana abriu cinco processos criminais relacionados com os casos e a moçambicana também abriu um processo e deteve um indivíduo.
Também está a ser estudada a possibilidade dos moçambicanos atravessarem a fronteira sem correr o risco de verem as suas viaturas queimadas. Uma das soluções, mas paliativa, é alocação de uma escolta policial de Moçambique para África do sul e da África do Sul para Moçambique.
Sobre este ponto, a ministra do Interior garantiu que voltaria a mesa de conversações com a sua congénere Sul africana para que, brevemente, haja escolta para os transportadores, reconhecendo ,no entanto, tratar-se de uma medida paliativa porque ainda não existe uma solução efectiva.
Entretanto, as autoridades Sul-africanas confirmaram, em Fevereiro último, que a onda de vandalização de viaturas de moçambicanos naquele país é retaliação a onda de roubo de viaturas da África do Sul para Moçambique.
Segundo as autoridades policiais daquele país, as populações sobretudo nas regiões onde se regista o vandalismo, reclamam do crescimento do sindicato de roubo de viaturas que está a aterrorizar as populações das regiões de Umhlabuyalingana e Hlabisa, perto da fronteira com Moçambique.