Iniciados contactos entre Daniel Chapo e Venâncio Mondlane

Segundo candidato mais votado nas eleições de 9 de Outubro no País, Venâncio Mondlane, disse, sem dar muitos detalhes, que está em comunicação com o novo Presidente da República, Daniel Chapo, informou esta quarta-feira, 15 de Janeiro, o jornal New York Times.

Em declarações ao jornal americano, o ex-candidato presidencial afirmou que esses contactos foram feitos “através de um amigo mútuo”. Mondlane expressou a esperança de que “o Presidente negoceie uma resolução para se pôr termo à crise política e este aceite reformas por si apresentadas numa recente proposta”.

“As reformas incluem a construção de três milhões de casas para os moçambicanos pobres e criar um fundo de 31,6 mil milhões de meticais (500 milhões de dólares) para startups dirigidas por mulheres e jovens”, disse Venâncio Mondlane, citado pelo órgão, tendo depois acrescentado: “tem que se dar ao povo algo crucial e tangível”.

O ex-candidato presidencial esclareceu que não sabe se todos os pontos da agenda serão satisfeitos, “mas penso que iremos iniciar uma plataforma de diálogo”.

As declarações de Mondlane estão inseridas numa reportagem a partir de Maputo com o título “Tomada de posse em Moçambique testa os 50 anos de poder do partido no poder”, do jornal New York Times.

Importa referir que Daniel Francisco Chapo assumiu esta quarta-feira (15) a Presidência da República de Moçambique com um discurso marcado por promessas de transformação e reformas estruturais. Defendendo um Estado mais eficiente e uma economia mais dinâmica, o novo chefe do Estado anunciou um conjunto de medidas que visam reorganizar a administração pública, reduzir despesas desnecessárias e estimular o crescimento económico.

Daniel Chapo deixou claro que a sua governação será pautada pela transparência, pela disciplina fiscal e pela modernização dos sectores produtivos do País. Desde os primeiros minutos do seu pronunciamento, o Presidente estabeleceu um compromisso firme com a reforma do Estado. Entre as medidas anunciadas, destacou-se a redução da estrutura governativa, com a eliminação de Ministérios e Secretarias de Estado, assim como a extinção da figura de vice-ministro.