CC arranca com o “elefante” (sucessão) a forçar entrar na agenda

O Comité Central da Frelimo reúne hoje e amanhã, na Escola Central do Partido, na Matola, com uma forte possibilidade de incluir na agenda, novos pontos de interesse nacional, como a questão da sucessão do Presidente Filipe Nyusi, na liderança do país.

O ponto que estava inicialmente excluído, entrou depois da pressão feita ao Nyusi, Presidente do Partido Frelimo e Chefe do Estado moçambicano, prestes a terminar o seu mandato de 10 anos.

A pressão foi feita por membros da Associação dos Combatentes da Luta de Libertação Nacional (ACLLN), na II Sessão do Comité Nacional deste organismo, realizada ontem, na Matola.

“Já foi aceite que o ponto sucessão do Presidente da Frelimo e do país faça parte da reunião do Comité Central, que arranca hoje”, afirmou, Carlos Silya, que para além de ser antigo combatente foi ministro dos combatentes.

Silya disse que o Presidente Nyusi aceitou considerar esta preocupação que é também nacional. Se os combatentes levantaram este assunto é porque não querem discutir sobre pessoas, mas o ideal, neste caso, o perfil do candidato, “o tipo do Presidente que nós queremos, porque o povo quer ver os seus problemas resolvidos”.

Segundo Carlos Silya, o ideal da Frelimo é a promoção da Unidade Nacional, indicando que neste momento, o país está em guerra, sendo importante a sociedade conhecer a visão desse candidato sobre a situação que assola a província de Cabo Delgado, desde 2017.

“Também queremos saber a visão que esse candidato terá no combate contra a pobreza”, disse, salientando que se lamenta que há distanciamento entre o pobre e o rico, sendo importante que esse candidato diga qual é a sua visão para que as riquezas que este país tem beneficiem o povo.