A Organização da Mulher Moçambicana (OMM), condenou veementemente as manifestações violentas, que ocorrem no país desde a proclamação dos resultados eleitorais e, apela á Unidade Nacional.
Falando ontem, 16 de Março, na Praça da OMM, em Maputo, durante as celebrações dos 52 anos de criação da organização, Mariazinha Niquisse, disse que as manifestações violentas só aumentam a pobreza no país. “Violência e destruição nunca foram o caminho para o entendimento entre moçambicanos. Mas o Diálogo entre nós é o que devemos privilegiar para manter o nosso país em paz e a desenvolvido”, afirmou.
Segundo Niquisse para alem de festejar os feitos da Mulher Moçambicana durante os 52 anos da existência da OMM, a cerimónia serviu também para recordar o papel da mulher na sociedade.
“52 anos depois da fundação da OMM, assumimos que devemos continuar a dar o nosso melhor para glorificar os ideais que guiaram a origem da OMM: a necessidade de remover todos os obstáculos que impedem o desenvolvimento da mulher. Vemos as mulheres em frente a actos que escandalizam o nosso país, porque não é nossa cultura ver mulheres envolvidas nesses actos. A nossa cultura é vermos a mulher a desenvolver o nosso país e educar a nossa sociedade”, lamentou.
A data foi assinalada com a deposição de flores no monumento erguido em homenagem à mulher, que ontem se engajou na luta de libertação nacional e hoje encontra-se inserida em várias frentes de desenvolvimento económico, social, político e cultural.
Mariazinha Niquisse disse que a organização “sempre se focalizou na sensibilização da mulher para a sua participação na luta de libertação nacional, a sua participação na alfabetização, no desenvolvimento socioeconómico e ideológico, no combate aos casamentos prematuros, gravidez precoce, violência doméstica, discriminação e humilhação da mulher, em suma, na integração de toda a mulher”.
