Sarau cultural chega à casa de Dilon Djindji

A Residência do músico Dilon Djindji, no distrito de Marracuene, província de Maputo, é o espaço escolhido para um evento sociocultural a ter esta tarde (28 de Maio) e que vai juntar fazedores das artes, fãs e amigos.

Numa roda à volta da fogueira, com gastronomia tipicamente moçambicana, o momento servirá para tecer louvores ao trabalho artístico de Dilon Djindji, António Marcos e Ernesto Ndzevo (Ximanganine), cuja repertório e influência musical há décadas se repercute pelo país.

Promovido por Jaime Mirandolino, mentor da iniciativa, a tarde de conversa artística será animada por música, histórias e anedotas, temperadas por momentos de degustação de sabores genuinamente da terra.

Com este evento, a ideia é, segundo os seus mentores, celebrar a vida e as artes, mas, sobretudo, dar um “aperto de mãos” àquelas figuras que ajudaram a construir um ideal de artes e cultura moçambicanas, particularmente da nossa música.

“Teremos igualmente uma exposição fotográfica dos homenageados e o momento de plantio de árvores, como forma de elevar a consciência dos cidadãos no que toca à preservação do meio ambiente”, conta Jaime Mirandolino, em declarações ao “Notícias”.

Na verdade, este não é mais do que um movimento cultural e solidário que pretende se afirmar como veículo de diálogo, preservação e pesquisa de artes e cultura.

“Através deste movimento queremos criar uma plataforma interactiva com os fazedores das artes e cultura, consolidando os valores da moçambicanidade e de unidade nacional, explorando a nossa diversidade cultural”, explica o mentor do projecto.

Estes saraus têm também o condão de celebrar a memória colectiva e serem um espaço apropriado para o registo de factos e momentos que não só marcaram a carreira destes fazedores da música, no caso, como também de traçar perspectivas para deixar um legado.

“Pretende-se igualmente criar uma plataforma solidária de apoio aos nossos fazedores de arte, que não raras vezes temos recebido informações de situações não muito agradáveis”, comenta.

Este movimento cultural, que integra ainda amantes e pesquisadores de artes e cultura, já esteve nas residências do músico, compositor e etnomusicólogo José Mucavele, do coreógrafo, pesquisador, activista cultural e antigo director da Companhia Nacional de Canto e Dança, David Abílio, e do músico, docente e etnomusicólogo Orlando da Conceição.