Mulheres clamam por relações de Género sem desigualdades

A Representantante da ONU Mulheres em Moçambique, Marie Kayisire, reconhece progressos no campo de emponderamento da mulher, mas defende que tanto elas  como raparigas precisam de relações de género que não sejam desiguais.

Marie Kayisire, fez estas observações no sábado na cidade de Maputo, na abertura de uma mesa redonda, organizada pela Associação Gender Links Moçambique com deputados da Assembleia da República, representantes da Procuradoria Geral da República, Instituto do Patrocínio e Assistência Jurídica (IPAJ) e da PRM para discutir impacto das normas sociais, atitudes discriminatórias contra as mulheres e raparigas e de relação de poderes desiguais entre homens e mulheres.

A representante da ONU Mulheres disse na ocasião, que as mulheres precisam de usufruir os seus direitos, de ter acesso as mesmas oportunidades não só no ambiente doméstico, mas também na vida pública.

Reconheceu que mudar mentalidades, normas sociais leva o seu tempo, o que significa que “devemos todos nós continuar a trabalhar para prevenir as uniões prematuras, a violência sexual contra mulheres e raparigas e práticas nocivas”, disse.

Segundo Marie Kayisire, não se pode continuar a culpar o tempo, as mulheres e raparigas estão cansadas de esperar e de ouvir explicações, pois, já passaram por muita injustiça, sendo necessário acções com mais afinco pela igualdade de género e empoderamento das mulheres.

A interlocutora, entende que a aprovação de leis como a lei contra a violência doméstica de 2009, de prevenção e combate às uniões prematuras, a das sucessões, a revisão do código penal, são fundamentais para que as mulheres e raparigas possam usufruir dos seus direitos.

Para alem de reconhecer os progressos até então alcançados, a representante da ONU Mulheres atribuiu mérito às estruturas governamentais pela colaboração nesta marcha.

Por seu turno, a directora executiva da Associação Gender Links Moçambique, Alice Banze, explicou que a mesa redonda enquadra-se na implementação da iniciativa Spotlight, um programa conjunto da União Europeia, Nações Unidas e Governo de Moçambique para eliminar a violência contra as mulheres e raparigas, incluindo uniões prematuras e promoção dos direitos sexuais e reprodutivos.

Disse que nos dois anos de implementação da iniciativa, a cargo da Gender Links, muitas actividades foram levadas a cabo, com vista ao alcance dos resultados previamente definidos.

Alice Banze fez saber que a mesa redonda decorre numa altura em que está a terminar a fase I da iniciativa Spotlight, mas tem certeza que o sucesso da primeira fase vai garantir a aprovação da fase II.

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