António do Rosário disse que foi o antigo ministro da Defesa quem decidiu a criação e a estrutura accionista da EMATUM, que inclusive o nomeou como presidente do Conselho de Administração das três empresas (Proindicus, MAM e EMATUM).
O juiz do caso das dívidas ocultas, Efigénio Baptista admitiu esta quinta-feira (14 de Outubro), que está a faltar na tenda da B.O, onde decorre o julgamento no quadro do processo das dívidas ocultas, o antigo ministro da Defesa e coordenador do Comando Operativo, Filipe Nyusi, para defender-se dos pronunciamentos feitos pelos réus Gregório Leão e António do Rosário, em interrogatório. Sublinha-se que o réu António do Rosário continua em interrogatório.
Após ser confrontado várias vezes com acusações do réu António Carlos do Rosário que corroboram com as afirmações do co-réu Gregório Leão, o juiz reconheceu que “falta alguém” e que o julgamento está longe do fim, o que significa que mais pessoas poderão ser chamadas a depor como declarantes.
“O réu António do Rosário e Gregório Leão estão na mesma linha neste julgamento ao falar do Presidente Filipe Nyusi. Então, está a faltar alguém, essa é opinião do tribunal. O julgamento ainda está a decorrer e ainda é uma criança”, disse o juiz.
António do Rosário, explicou ao tribunal que apenas menciona nomes de pessoas que estiveram nas reuniões do Comando Conjunto. “Eu volto a repisar Meritíssimo, porquê é que não chamamos o coordenador do Comando Operativo? “ Questionou Do Rosário.
De seguida, o juiz retorquiu nos seguintes termos: “O réu gosta de fazer perguntas ao tribunal, mas vamos responder, porque caso contrário pode parecer que estamos a encobertar a pessoa, enquanto nunca tivemos esse objectivo”, disse o juiz.
Efigénio Baptista prosseguiu, afirmando que o senhor Gregório Leão assim como o réu Do Rosário, são unanimes nas declarações sobre o coordenador do Comando Operativo, o que significa que falta neste julgamento a contra parte para contradizer. “kkkkkkk, é essa terceira pessoa, respondeu o António do Rosário.
Como tem sido apanágio desde o início, o nome de Filipe Nyusi (mencionado quase todos os dias) voltou a ser citado várias vezes na manhã desta quinta-feira (14) pelo réu António Carlos do Rosário (ACR) como responsável pela tomada de decisões no âmbito da criação das três empresas.
Do Rosário disse ainda em tribunal, que quem decidiu a criação e a estrutura accionista da EMATUM, foi o antigo coordenador do Comando Conjunto, Filipe Nyusi, que inclusive o nomeou como presidente do Conselho de Administração das três empresas (ProIndicus, MAM e EMATUM).
O réu do dia, declarou que foi o Nyusi quem determinou que a EMATUM devia ser maioritariamente detida pela GIPS e, a utilização das instalações do Ministério da Defesa em Pemba pela MAM.