A Associação Mulher, Lei e Desenvolvimento, (MULEIDE), distinguiu na última sexta-feira, cinco personalidades que se evidenciaram ao longo dos anos, na defesa da justiça climática em Moçambique. Os prémios representam um reconhecimento da força das comunidades e a importância de quem faz da comunicação uma ferramenta de transformação. Os prémios foram entregues no final do simpósio que decorreu sob o lema, “Não há Justiça Climática sem a Igualdade de Género”.
Ana Joaquim, que actua na Ponta do Ouro, província de Maputo, recebeu das mãos da Presidente da MULEIDE, Luísa Mboane, o prémio Reconhecimento da Liderança Feminina, pela forma como abraçou a causa da defesa do ambiente. Esta mulher mudou a narratica no seio da sua comunidade, desenvolvendo acções que chamaram a atenção dos seus próximos sobre a importância de proteger o meio ambiente e garantir que as vozes das mulheres sejam ouvidas em vários planos e locais. A sua dedicação permitiu que se tornasse presidente do Cíclo do Estudo e Coordenadora do Comité Local.
Leopoldo Agabito, jornalista da Rádio Moçambique e fundador da Associação Jornalistas Ambientais, foi premiado por reconhecimento ao trabalho da associação na disseminação sobre as mudanças climáticas, ajudando milhares de moçambicanos a compreenderem o impacto das mudanças climáticas. Sob sua liderança, a associação cresceu, expandiu-se para todas as províncias com um único propósito: Defender o planeta através da voz. Agapito recebeu o prémio das mãos do representante do Instituto Nacional de Gestão e Redução de Risco de Calamidades (INGD), José Dança.
O prémio Iniciativa Comunitária Inovadora, foi para a activista Elisa Mário, que representa uma força e capacidade de mobilização e de inovar. Através dos encontros de poupança, Elisa conseguiu reunir pessoas para deliberar sobre género, violência e a posterior justiça climática. Este esforço serviu para criar o Cíclo de Estudo Comunitário da Manhiça para Mudanças Climáticas, iniciativa que representa o espírito do programa AACJ local, mas também global. O prémio foi entregue pela Directora Executiva da MULEIDE, Rafa Machava.
Já o prémio Jovem Activista Climático, foi para Jamaina Brites, uma jovem que, com coragem e dedicação tem se destacado na coordenação da juventude sobre alterações climáticas e na participação activa em fóruns de tomada de decisão, mostrando que a voz da juventude é poderosa e é capaz de transformar e inspirar um futuro mais justo. A jovem, recebeu o prémio da Presidente da MULEIDE, Luísa Mboane.
O activista Abel das Neves, recebeu o prémio Evento do Ano em Clíma Género, por ter garantido que este evento conseguisse reunir no mesmo espaço, representantes da sociedade civil, organismos da comunidade internacional e instituições do governo para discutir políticas sobre justiça climática. O representante do INGD, José Dança foi quem fez a entrega do prémio.
O Prémio Direitos Ambientais foi para Leopoldina Goveia, em reconhecimento de quem sabe aliar a coragem e o conhecimento para defesa legal do meio ambiente e direito das comunidades. Goveia valoriza actuação de profissionais e activistas que utilizam a lei como ferramenta para proteger a natureza, garantindo desta força a justiça climática e responsabilizar quem ameaça os recursos naturais. A directora executiva do Forum Mulher, Ndzira de Deus, foi quem efectuou a entrega do prémio a Bruno Gomes, também activista na área da justiça climática, em representação da vencedora.
