O PONTO MAIS ALTO DO PAÍS

O Monte Binga é o ponto mais alto de Moçambique, com uma altitude de cerca de 2.436 metros (7.992 pés), acima do nível do mar. Está localizado no maciço de Chimanimani, sobre a fronteira Moçambique-Zimbabwe, a oeste da cidade-capital da província de ManicaChimoio. Trata-se de um gigantésco maciço rectangular de 35 quilómetros de comprimento e dez de largura. Localiza-se na Reserva Nacional de Chimanimani, no distrito de Sussundenga. O Binga, uma das principais atracções turísticas da província de Manica, em particular, e do país, em geral, integra a Cordilheira de Chimanimani, uma das também principais cadeias montanhosas do país. O Monte Binga é ainda considerado o cume de riqueza mineral, sobretudo de ouro, daí ser referência obrigatória e motivo para a concentração de centenas de garimpeiros que diariamente afluem à região idos do Zimbabwe e de outros pontos do país, à procura do referido minério precioso.

No Monte Binga pratica-se o turismo de aventuras, que consiste em escaladas de montanhas, disse, em entrevista, o director provincial de Cultura e Turismo, em Manica, Jossias Vurande, que descreve o ponto de situação deste local turístico e de outros existentes nesta região central de Moçambique.

“Devo destacar que a Reserva Nacional de Chimanimani é um grande potencial da biodiversidade, com atractivos turísticos naturais e culturais e uma beleza cénica que proporciona diversas actividades turísticas que incluem o turismo de aventuras, canoagem, observação de pássaros e animais, entre outros”, sublinhou.

“o Monte Binga é bastante visitado por turistas, porque apresenta vários aspectos turísticos atractivos, mas é de realçar que no tempo chuvoso, este local não é visitado, devido à intransitabilidade”, explicou Jossias Vurande, que acrescentou que muitos turistas têm tido curiosidade de escalar o Monte Binga com o propósito de contemplar Moçambique de cima para baixo, a partir da altitude de 2.436 metros.

Perguntamos ao director provincial se chega-se ao cume com facilidade e respondeu nos seguintes termos: “Para escalar o Monte Binga, do sítio de chegada até alcançar o monte são cerca de três dias de marcha, isto é, a pé, devido à falta de vias de acesso, pois não há estradas, há muitos riachos para atravessar e do sopé para alcançar o cume leva-se cerca de três horas de tempo só na subida, dependendo da força de cada um, e descida é uma hora e meia”.

No cume do Monte Binga não existe nenhuma infra-estrutura, disse Vurande, acrescentando que “infra-estrutura não há, só há o que a natureza fez. É muito bonito”.

“Mas apesar disso, o turismo anda na província de Manica de forma maravilhosa, mercê da combinação dos dois sectores, a cultura e turismo. Isso veio a galvanizar o processo de desenvolvimento do próprio turismo na nossa província e como havia dito anteriormente, a Reserva Nacional de Chimanimani é o expoente máximo do turismo em Manica, porque temos uma gama de diversidade de destinos turísticos, pois ela alberga uma variadíssima lista de locais turísticos naturais e edificados” – sublinhou.

“No interior da reserva há muitos riachos e rios, o que não permite que no tempo chuvoso os turistas consigam chegar aos destinos turísticos para o turismo de contemplação, cinegético e também o turismo religioso, porque lá temos uma variedade de espécies de animais, de flora, pois há plantas e flores que não existem em outros locais, atrevo-me a dizer, em grande parte do mundo. Há plantas especiais na Reserva Nacional de Chimanimani”, descreveu Jossias Vurande.

O interlocutor avançou que “também existem certos animais raríssimos ao nível do mundo e o relevo em si é muito atraente, por causa das elevações e como dizia é atravessada por muitos riachos, que oferecem um ambiente muito agradável para os turistas”.

Aquele responsável disse que para o turismo cinegético, a Reserva Nacional de Chimanimani é mais concorrida por turistas porque tem em abundância várias espécies faunísticas, com o enfoque para o elefante e búfalo. “Mas também predominam as outras espécies de animais, como é o caso do cudo”, afirmou a fonte, acrescentando que “os leões e zebras são raros.

Monte Binga: Uma das atracções turísticas