Eleições: Terra de Dhlakama marcha rumo à vitória da Frelimo e chapo

Horácio João

Vinte e sete membros da Frelimo filiaram-se a Frelimo e falam de uma situação de um total abandono pela parte da “perdiz”, uma formação política sem projecto de governação do país.

A pacata povoação de Mangunde, situada a cerca de 27 km a sul da Estrada Nacional número um, que liga o país do Rovuma ao Maputo, no interior do distrito de Chibabava, em Sofala, acordou ontem, terça-feira, eufórico com uma marcha descrita como de vitória para a FRELIMO e seu candidato presidencial, Daniel Francisco Chapo, no dia 9 de Outubro próximo no país.

Trata-se de uma parcela de terra bastante fértil, localizada nas margens do Rio Búzi, com abundância de comida, onde viu a nascer o então carismático líder da Renamo, Afonso Dhlakama, cujos restos mortais jazem no cemitério local de regulado do seu pai ainda em vida.

A multidão de potenciais eleitores que percorreu uma distância de aproximadamente dois quilômetros e liderada pelo Primeiro-Secretário do Comité Provincial da FRELIMO, Luís Nhanzozo, entoava cânticos e dançava a favor desta formação política e seu aspirante à Ponta Vermelha.

A festa que desaguou em Chipire, onde se situa o Mercado-feira de Mangualde, igualmente foi caracterizada por simulação e réplica de votação na FRELIMO e Chapo, cujos eleitores receberam brinde do material de campanha eleitoral, nomeadamente capulanas, camisetes, bonés e lenços.

A anteceder este acto de “caça ao voto”, jovens da Escola Secundária Assis Francisco de Mangunde, que pelo sinal vão votar pela primeira vez neste sufrágio, se comprometeram em votar na FRELIMO e Daniel Chapo.

Entendem que com este gesto, poderão ser concretizados seus interesses em emprego e habitação, visando impulsionar significativamente o desenvolvimento do país.

Para isso, Luís Nhanzozo consubstanciou que Chapo é um candidato também jovem de 47 anos de idade, natural de Inhaminga, sede distrital de Cheringoma, em Sofala, com perfil escolar, académico e profissional invejáveis para governar Moçambique.

Discurso com semelhante teor político também transmitiu aos votantes do Mercado-feira de Mangunde e no comício realizado no Posto Administrativo de Goonda, concretamente em Nhaapa.

Nhanzozo acrescentou que com a vitória da FRELIMO e Chapo,  Chibabava, particularmente zona de Nhaapa, vai ter mais água potável, unidades sanitária e escolar, melhoramento das vias de acesso, entre outras necessidades básicas daquela comunidade rural.

Prometeu igualmente a introdução do Banco de Desenvolvimento, que, conforme está previsto, vai facilitar, em grande medida, o acesso ao crédito e com juros bonificados para o almejado desenvolvimento do país.

No final deste comício em Nhaapa, 27 Membros da Renamo, dos quais 12 homens e 15 mulheres, se entregaram à FRELIMO, por ser, nas próprias palavras, um Partido experiente e com esperança dos moçambicanos.

Narraram episódios comoventes dos horrores da guerra de desestabilização e consideraram a Renamo como uma formação política sem projecto de governação do país.

Falaram igualmente de uma situação de um total abandono pela parte da “perdiz” e mostraram-se orgulhosos pela sua reinserção social.

À propósito, Nhanzozo recorreu ao velho ditado segundo o qual sempre o bom filho regressa para casa e desejou boas-vindas àqueles novos simpatizantes da FRELIMO, apelando fieldade a este Partido.