Renamo propõe reformas estruturante para estancar violência política

A bancada parlamentar da Renamo, propôs hoje, que a Assembleia da República tome a iniciativa e lidere, o processo de reformas estruturantes conducentes a estancar os motivos dos cíclicos desentendimentos políticos que levam o País a violência política interminável.

Esta Bancada indicou como motivos os ciclos desentendimentos, as fraudes eleitorais, alegadamente perpetradas pela Comissao Nacional de Eleicoes (CNE), a partidarização do estado e consequente exclusão da maioria de moçambicanos no acesso à riqueza nacional e reforma do regime de descentralização da governação provincial.

Discursando na cessão de abertura, IV Sessão Ordinária, IX Legislatura da Assembleia da República, o Chefe da Bancada Parlamentar da Renamo, Viana da Silva Magalhães disse que a Renamo defende que o fim da violência para construção de uma paz efectiva passa por processos eleitorais sem violência e fraudulentos. “Refira-se que os partidos injustiçados e sobretudo a Renamo, têm denunciado, sem sucesso, estes actos antidemocráticos que põem em causa o espírito do AGP, minando a paz que de longe se acha efectiva”, disse Magalhães.

O Chefe da bancada disse que a Renamo propõe que se aproveite este momento de serenidade eleitoral, para operar reformas na lei eleitoral, visando assegurar transparência eleitoral, de modo a permitir a independência dos órgãos eleitorais e a proclamação de resultados eleitorais, que reflictam o respeito pela soberania do voto.

Segundo Magalhaes, a fazer isso, a Assembleia da República estará a contribuir para a paz, estabilidade política e desenvolvimento de Moçambique, porque o actual quadro de composição e funcionamento dos órgãos eleitorais (CNE e STAE) constitui pedra angular que propicia a fraude eleitoral que deve, a bem da Paz, ser revisto.

Num outro desenvolvimento, o chefe da bancada da Renamo disse não haver razões para que volvidos mais de 46 anos de independência grande parte da população continue vítima de fome e desnutrição crónica. “o país possui abundantes e férteis terras com imensos rios e lagoas. Importar tomate, cebola, alho, feijão, milho, batata, etc., com tanta terra e água, deveria envergonhar um governo que se pretende sério”, lamentou.

Para esta bancada, o país é rico mas está empobrecido por alguns governantes sem escrúpulos, insaciáveis e corruptos. “Nunca estão satisfeitos”, disse.