O Presidente da República, Filipe Nyusi, garantiu hoje, em Maputo, que o Governo tudo fará para o restabelecimento da paz em Moçambique, sobretudo, nos pontos que são alvos de ataques terroristas, com vista a permitir a continuidade dos investimentos nacionais e estrangeiros no país.
Filipe Nyusi fez este pronunciamento na abertura da 7ª Conferência e Exposição de Mineração, Petróleo, Gás e Energia de Moçambique, um evento que visa avaliar e explorar os avanços registados nestes sectores, nos últimos tempos.
Segundo o Chefe do Estado, um dos maiores desafios que o país enfrenta é a questão da paz e a tranquilidade, condições fundamentais para o desenvolvimento de todos os projectos em carteira, que poderão minimizar as vulnerabilidades sócio-económicas da população.
“Continuamos a envidar todos os esforços para devolver a tranquilidade ao nosso país, em particular na província de Cabo Delgado, que nos últimos anos, tem sido alvo de ataques terroristas”, disse.
O Presidente da República recordou ainda que, é do domínio de todos que no mês passado, os terroristas atacaram a vila sede do distrito de Palma, na província de Cabo Delgado, onde mataram dezenas de civis e danificaram infra-estruturas públicas e privadas.
“Neste aspecto, nós queremos apelar a todos os intervenientes a ter o poder de superação. Em momentos difíceis da crise, a cabeça fria ajuda a tomar decisões racionais. É preciso persistência e disciplina da forma como nós agimos, porque se não, podemos ser levados a tomar decisões precipitadas que podem não ajudar a progressão”, apelou o Chefe do Estado.
De acordo com Filipe Nyusi, uma situação igual, ou seja, não menos preocupante, regista-se na região centro do país, onde ainda se verificam ataques armados protagonizados pela Junta Militar da Renamo contra civis e as Forças de Defesa e Segurança.
O estadista moçambicano explicou que, o país pretende evitar experiências universais, que negligenciaram a geração de riqueza, por venda dos seus recursos para o desenvolvimento das suas próprias economias.
Filipe Nyusi disse ainda que, a dimensão da economia extractiva é em si, um catalisador na edificação de infra-estruturas que pela sua natureza transformacional, proporciona condições para alavancar o potencial agrícola e industrial, para além do processo de acréscimo de valor do próprio sector extractivo.
A Sétima edição da Conferência e Exposição de Minas, Petróleo e Energia de Moçambique que este ano decorre em formato híbrido devido as condições impostas pela pandemia da Covid-19, junta representantes de mais de trinta países.
Durante o evento serão abordados diversos temas relacionados com a mineração, petróleos e gás.
Este ano, o tema principal será a “Utilização dos Recursos Naturais como Catalisador para o Desenvolvimento Económico e Diversificação”, mas estão agendados também dois webinars, centrados nos temas “Olhar para o futuro – considerando o crescimento verde para o sector dos recursos naturais” e “O futuro da indústria extractiva moçambicana, o que se segue?”.
Joana Macie