O vice-ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Manuel Gonçalves, fez saber ontem em Maputo, que está a decorrer o processo de criação de bases para elaboração da Política da Diáspora Moçambicana, um documento regulador e orientador do relacionamento da Diáspora com o país.
Segundo o vice-ministro, que falava na abertura da II sessão do Conselho Consultivo das Comunidades Moçambicanas no Exterior, este documento regulador, permitirá a inclusão da Diáspora Moçambicana no Desenvolvimento Económico, Social e Cultural do País.
O processo iniciou em 2019, com o mapeamento da diáspora moçambicana, cujo objectivo principal é conhecer quem são, onde estão, o que fazem e quais são as qualificações e perfis profissionais dos moçambicanos na Diáspora.
Durante a abertura do encontro, que decorreu no formato virtual, Manuel Gonçalves, reconheceu o papel papel desempenhado pelos Membros do Conselho Consultivo das Comunidades Moçambicanas no Exterior e pelas Missões Diplomáticas e Consulares no processo de mapeamento da diáspora.
O vice-ministro fez uma abordagem sobre os actos terroristas em Cabo Delgado, lamentando que estas acções têm forçado as populações a abandonar os seus locais de habitação e de produção para se deslocarem a outras zonas do país em busca de segurança, o que representa um grande desafio humanitário para o Governo moçambicano.
Disse que até ao momento, estes actos hediondos resultaram na morte de cerca de 1.000 pessoas e deslocamento de mais de 700 mil cidadãos. “Esta situação dramática exige esforços de todos moçambicanos, incluindo os que vivem na diáspora, na mobilização de apoio para assistência humanitária para minimizar o sofrimento dos nossos irmãos afectados”, acrescentou.
Sobre as acções da auto-proclamada Junta Militar da RENAMO, Manuel Gonçalves lembrou que o apelo tem sido no sentido de a RENAMO se unir para que os entendimentos sobre a paz e, particularmente o processo de Desarmamento, Desmobilização e Reintegração (DDR) das forças residuais da Renamo, vinguem.
Disse que todo o esforço do Governo é no sentido de que a paz e estabilidade reinem naquela região, para que as populações de concentrem na produção e contribuam para o desenvolvimento do país.
Por último, o governante falou sobre a problemática do novo coronavirus, destacando que, desde Abril de 2020, o país está a observar um conjunto de medidas de prevenção da propagação deste novo vírus, tais como a limitação da circulação interna de pessoas em qualquer parte do território nacional; confinamento domiciliário e distanciamento social; uso obrigatório de máscaras em locais públicos.
Na sequência do agravamento da situação, o Governo viu-se obrigado a tomar medidas mais restritivas, entre Fevereiro e Março do presente ano, que incluem, entre outras, o recolher obrigatório, entre 22H00 e 04H00, na região de Grande Maputo e em todas capitais provinciais.
Segundo o vice-ministro, graças à implementação dessas medidas a situação da pandemia da Covid-19 em Moçambique tende a estabilizar-se.