O líder da Junta Militar da Renamo, Mariano Nhongo, poderá render-se em breve às Forças de Defesa e Segurança (FDS), segundo afirmou o antigo membro da Auto Proclamada Junta Militar, André Massangaíssa Júnior.
Falavando segunda-feira à jornalistas, a margem das cerimónias que marcaram a passagem dos três anos da morte de Afonso Dhlkama, líder da Renamo, em Chibabava, província de Sofala, Massangaíssa começou por afirmar que desconhece os autores dos últimos dois ataques armados registados no mês passado, na região de Capirindzanje, na província de Tete, onde num deles os supostos autores deixaram uma carta identificando-se como integrantes da Junta Militar.
“Eu não confirmo que os ataques foram protagonizados por homens da Junta Militar, como está sendo dito. Eu não confirmo. O que posso afirmar é que dentro em breve, o presidente Mariano Nhongo vai render-se às FDS de modo a garantir que haja paz no centro do país”
Sobre o que é que lhe leva a afirmar que Mariano Nhongo vai render-se, o ex-guerrilheiro da Junta Militar respondeu que há um grupo que está a trabalho para que isso aconteça pacificamente. “Tal como foi comigo, exestem pessoas que estão a trabalhar nesse sentido”, garantiu.
O jovem que se juntou recentemente ao processo de Desmilitarização, Desarmamento e Reintegraçao (DDR) dos ex-guerrilheiros da Renamo, garantiu que se sente bem na vida civil. “Estou bem, não posso reclamar, estou satisfeito por tudo o que está a acontecer”, disse.
Contudo, manifestou tristeza pelo facto de ainda não ter encontrado a sua família (esposa e os seus três filhos), raptados por indivíduos desconhecidos há dois anos, na província de Manica.
Segundo André Massangaíssa Júnior, existe um trabalho que está a ser feito para o esclarecimento desta situação.