O antigo estadista moçambicano, Joaquim Alberto Chissano, considera que o 4 de Outubro, Dia da Paz que hoje se assinala, representa coragem, resiliência e a vontade do povo moçambicano de viver em harmonia e progresso.
Numa mensagem por ocasião da passagem de 4 de Outubro, dia em que foi assinado o acordo que colocou fim a guerra dos 16 anos, que opunha o Governo e a Renamo, o patrono da Fundação Joaquim Chissano, afirma que ao longo da história, o país passou por momentos difíceis, e a luta pela paz foi longa e dolorosa. “No entanto, conseguimos ultrapassar as adversidades e conquistar a paz que hoje, com orgulho, celebramos”, disse.
Na mesma mensagem, Joaquim Chissano escreve que a guerra que devastou o país por 16 anos deixou cicatrizes profundas, mas também “nos ensinou valiosas lições. Moçambique mostrou ao mundo que, através do diálogo, da reconciliação e da união, é possível reconstruir uma nação, curar as suas feridas e promover o desenvolvimento”, afirmou, salientando que foi esse espírito de unidade nacional que nos permitiu virar a página da guerra e trilhar o caminho da paz e da prosperidade.
Segundo Joaquim Chissano, a paz conquistada requer o esforço contínuo de cada moçambicano. “Exorto a todos para que continuemos a cultivar o diálogo, a solidariedade e o respeito mútuo. Que nos comprometamos a trabalhar para que as desigualdades sociais e a pobreza, que muitas vezes são raízes da instabilidade, sejam combatidas com determinação e eficácia”.
Na sua qualidade de Patrono da Fundação Joaquim Chissano, o antigo Chefe do Estado moçambicano exorta a cada um a renovar o compromisso com a paz e a reconciliação. “Como povo, que continuemos a lutar contra todas as formas de injustiça, exclusão e divisão”, finalizou.