Auto -medicação pode esconder problemas graves de saúde

O uso errado de fármacos ou a auto-medicação, pode esconder graves sintomas de alguma doença ou até mesmo agravar o quadro clínico do paciente. Pode mascar problemas sérios de estômago, como úlceras ou tumores. Na maioria desses casos, o doente não sabe que tem essa doença, e alivia os sintomas com antiácidos, sem procurar uma investigação adequada do problema.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a auto-medicação significa o uso de medicamentos sem uma indicação médica ou seja auto-medicação é a utilização de medicamentos por conta própria ou por indicação de pessoas não habilitadas, para tratamento de doenças cujos sintomas são percebidos pelo usuário, sem a avaliação prévia de um profissional de saúde.

O que acontece na prática é que as pessoas quando adoecem procuram informações com parentes e amigos mais próximos, que já se trataram de algum caso parecido e que recebeu de algum médico uma prescrição de medicamento.

Muitas vezes buscam informações na internet, o que pode confundir os sintomas que sentem com doenças mais graves. À essas pessoas é preciso lembrar que nem todos os casos são iguais. Os sintomas podem até ser os mesmos, com características muito parecidas, porém, o medicamento pode ser diferente e específico de acordo com cada caso.

Riscos da Auto-medicação

O maior risco da auto-medicação são os efeitos colaterais que, às vezes, passam despercebidos. Todos os medicamentos provocam algum tipo de efeito.  Alguns efeitos podem gerar sérios riscos à saúde.

Um bom exemplo é se um motorista que toma um medicamento para enjoo pode apresentar sonolência como um dos efeitos colaterais. Se ele não for informado desse efeito pode colocar tanto a própria vida quanto a vida de outras pessoas no trânsito em risco.

Outro problema sério é a ingestão de medicamentos junto com alimentos ou bebidas alcoólicas. O leite, por exemplo, pode inibir a absorção de antibióticos, diminuindo o efeito anti-microbiano.

Analgésicos como o ácido acetilsalicílico, a famosa Aspirina pode provocar irritação estomacal e dificuldade na coagulação sanguínea, além de não poder ser ingerido depois de pequenas cirurgias e durante a menstruação.

Já o paracetamol pode prejudicar o funcionamento do fígado, causando toxicidade hepática.

Qualquer tipo de substância, seja natural ou sintética, podem desencadear efeitos colaterais e riscos à saúde. Mesmo aquele chá da vovó, um remédio natural, pode causar efeitos inesperados .

Usar as plantas com cuidado

As plantas também necessitam de cuidado ao utilizá-las. È importante identificação correta da planta, não misturar plantas sem conhecimento da compatibilidade, preparo correto, parte da planta utilizada. Ter boas condições e conhecimento pleno da planta, e lembrar que não existe produto natural sem efeitos colaterais

O uso errado de fármacos pode esconder graves sintomas de alguma doença ou até mesmo agravar o quadro clínico do paciente. Pode mascar problemas sérios de estômago, como úlceras ou tumores. Na maioria desses casos, o doente não sabe que tem essa doença, e alivia esses sintomas com antiácidos, sem procurar uma investigação adequada do problema.

Antes de se utilizar um medicamento é importante ler o folheto informativo que traz informações sobre os possíveis efeitos colaterais que podem ocorrer durante o uso.

O médico quando prescreve um medicamento, orienta seu paciente quanto ao uso correto, nas horas determinadas, a quantidade, e outras informações relevantes. Outros detalhes devem ser observados como: nome do medicamento, data de validade, lote, dose certa que deve ser administrada

Buscar o auxílio médico deve ser um hábito para a população antes de usar qualquer tipo de medicamento, para evitar casos de intoxicação ou os efeitos colaterais da interação entre medicamentos, com risco de saúde.

Todo o medicamento pode alterar a temperatura corporal, os batimentos cardíacos, o metabolismo, o humor ou até mesmo o comportamento de uma pessoa. Sempre haverá algum tipo de modificação no organismo, por menor que seja o efeito.

Fonte: Técnico de Farmácia, Guido Elias e TCC de Fábio Alves Fernandes