A acusação foi feita pelo único membro do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), na Assembleia Autárquica de Quelimane, Rogério Uaro-Uraro, que considerou que o dinheiro dos agiotas custeia também as viagens dos vereadores que o acompanham nas suas deslocações ao estrangeiro.
Uaro-Uraro, revelou ainda que muitos desses vereadores que se deslocaram ao estrangeiros com o edil, ainda não receberam os valores referentes às ajudas de custos.
O Presidente do Conselho Municipal de Quelimane, é conhecido pelas viagens constantes para fora do país, estando por isso, a sofrer acusações por parte dos munícipes daquela urbe, que alegam que Araújo deixa a cidade nas mãos de vereadores “incompetentes” e corruptos.
Entretanto, a Assembleia Autárquica de Quelimane aprovou esta segunda-feira, o reajusto do orçamento para o presente ano, com um incremento de mais de 1.800 mil meticais para acomodar a alta de preços de prestação de serviços no mercado nacional e internacional, passando dos 520 milhões inicialmente previstos para 522 milhões de meticais.
Segundo a bancada da Renamo, são rubricas que vão beneficiar deste reforço, gratificação de chefia, ajudas de custo para viagens fora do país, passagens para dentro do pais, fardamentos e calçados, entre outros.
As bancadas da Frelimo e da Renamo não depositaram o seu voto a favor deste reajuste do orçamento, alegando que o exercício está mais concentrado para o beneficio do edil e não para a melhoria das condições de transitabilidade, gestão de resíduos sólidos e melhoria das condições de trabalho dos trabalhadores e dos munícipes.
Reagindo a estas acusações, Manuel de Araújo diz não ser prática da sua administração recorrer a agiotas para emprestar dinheiro afim de financiar qualquer que de seja a actividade da autarquia.