O Conselho de Ministros reunido esta terça-feira, (31 de Agosto), aprovou uma proposta de aumento salarial de 100 porcento para os dirigentes superiores do Estado, com destaque para o Presidente da República, Primeiro Ministro, Procuradora Geral da República, Ministros, Governadores, Administradores, entre outros.
A decisão do Conselho de Ministros, que carece da aprovação da Assembleia da República, acontece uma semana após ter aprovado novos salários mínimos, que variam entre 1,5% e 10%, com destaque de apenas 100 meticais para o sector do turismo.
Com a nova tabela salarial, o Presidente da República, Filipe Nyusi, que actualmente recebe um salário base de 205 mil meticais, passará a receber 400 mil meticais de salário base, mais 400 mil de subsídio de representação, totalizando 800 mil meticais cada mês. A proposta será submetida à aprovação da Assembleia da República.
A proposta salarial que está a alimentar debates nas redes sociais, foi interceptada pelo jornal Evidências, que avança que na segunda escala da nova tabela estão o primeiro-ministro, Carlos Agostinho do Rosário; a presidente da Assembleia da República, Esperança Bias; a procuradora Geral da República, Beatriz Buchili; a presidente do Conselho Constitucional, Lúcia Ribeiro; o presidente do Tribunal Supremo, Adelino Muchanga e a presidente do Tribunal Administrativo, Lúcia Maximiano, que actualmente, sem incluir outras regalias, recebem 178.228 meticais de salário base, passarão a auferir, segundo a proposta 300 mil meticais de salário base cada e mais 150 mil de subsídio de representação, totalizando 450 mil meticais por mês, representando um aumento de 75 porcento.
Abaixo deste escalão estão os ministros, reitores, vice-presidente da Assembleia da República, director-geral do SISE, chefe da Casa Militar que actualmente recebem 137 mil e propõem um aumento de 60 porcento, passando a auferir 180 mil de salário base, mais 90 mil de subsídio de representação, totalizando um bolo final de 270 mil, contra os actuais 182 mil meticais.
Já os vice-ministros, o chefe do Estado Maior General, o director geral adjunto do SISE e o comandante-geral da PRM, que de 109 mil meticais de salário base, passarão a receber 150 mil de salário base e mais 60 mil de subsídio de representação, totalizando 210 mil meticais. Por seu turno, os governadores provinciais e os secretários de Estado na província passam a receber 120 mil de salário base, contra os actuais 95 mil, mais 48 mil de representação, perfazendo 168 mil meticais.
Outros agraciados pelos aumentos são os secretários de Estado sectoriais e os chefes de Estado Maior General da FADM e PRM que terão um aumento de 35 porcento passando de 126 mil para 147 mil meticais. Enquanto isso, os administradores distritais e chefes de posto terão um aumento de 20% (de 65 para 84 mil meticais) e 10% (de 32 mil para 42 mil meticais), respectivamente.