Mais de 2500 guerrilheiros da Renamo já foram abrangidos pelo DDR

MAIS de 2500 antigos guerrilheiros da Renamo já foram abrangidos pelo processo de Desarmamento, Desmobilização e Reintegração (DDR), em curso no país e já regressaram às suas zonas de origem.

Para além disso, foram já encerradas dez das 16 bases da Renamo nas províncias de Sofala, Manica e Tete, nesta última cujo encerramento teve lugar no último domingo, no distrito de Zobué.

Esta declaração foi feita sábado último, pelo enviado pessoal do Secretário-Geral das Nações Unidas para Moçambique e presidente do Grupo de Contacto, Mirko Manzoni, na sequência do encerramento de mais uma base militar da Renamo, localizada em Zobuè, província de Tete, e o desarmamento e desmobilização de mais 360 combatentes no quadro do processo de Desarmamento, Desmobilização e Reintegração (DDR), um processo meramente nacional.

Segundo Mazone, a reintegração destes homens, exigirá apoio adicional de todos os níveis da sociedade e de todas as partes interessadas, incluindo parceiros de desenvolvimento e o sector privado, que desempenham um papel central na reintegração económica e social.

“Apelamos a todos estes atores para que se associem ativamente e mantenham o seu pleno compromisso na causa da paz definitiva em Moçambique”, afirmou Mirko Manzoni.

O presidente do Grupo de Contacto, disse que com isto, assinala-se um marco significativo na implementação do Acordo de Paz e Reconciliação Nacional de Maputo (Acordo de Maputo), com mais de metade (52%) dos 5.221 beneficiários do DDR agora desmobilizados e na sua jornada para a reintegração económica e social na vida civil.

“Passou-se pouco mais de um ano desde que os primeiros beneficiários do DDR regressaram a casa, em Junho de 2020, e o encerramento da base de hoje marca a décima base a fechar num total de 16”, acrescenta Manzoni.

Segundo o enviado pessoal do Secretário-Geral das Nações Unidas para Moçambique e presidente do Grupo de Contacto, este progresso constante realça a natureza irreversível do processo de paz e sublinha o empenho de ambas as partes na conquista da paz definitiva. Face ao complexo cenário provocado pela COVID-19, este progresso é louvável.